Da assessoria
O técnico do Sesi – SP, Rubinho, e o preparador físico do Sada Cruzeiro – MG, Fábio Correia, foram os maestros do quarto dia do Congresso Internacional de Voleibol, que acontece em São José dos Pinhais (PR). Neste sábado (27) os participantes puderam ter uma degustação do que está por trás de um voleibol de excelência aplicado por dois dos maiores clubes multicampeões do cenário brasileiro.
Fábio, que soma 22 títulos com o clube entre 2012 e 2017, abriu o evento explanando sobre os saberes do interventor, seja ele o treinador, o preparador físico ou outro profissional diretamente envolvido com o atleta de voleibol, que consistem em: aprendizagem motora, controle motor, desenvolvimento motor, jogos dirigidos, estratégias, ambiente desafiador, decisões e inteligência. Segundo ele, tais saberes são importantes para alicerçar o conhecimento das ações propostas durante o jogo.
“Quem tiver envolvido com a intervenção, quem trabalhar com esse atleta durante a sessão de treinos tem que ter esse alicerce, esses saberes que são muito importantes para construir o entendimento das ações que você vai querer propor no jogo. Então, você vai construir esse ambiente para que ele seja favorável à aprendizagem. Assim, todos devem ter esse saber. Para o preparador físico que trabalha com um treinador que tem todos esses conhecimentos facilita bastante, porque o tempo inteiro ele está trabalhando para que esse atleta esteja com o cognitivo associado a qualquer tipo de tomada de decisão de ação do jogo. Os treinadores que têm esse alicerce acabam promovendo um desenvolvimento e esse desenvolvimento só acontece nessa relação sujeito-ambiente. Um bom modulador do ambiente vai gerar um bom sujeito jogador de voleibol”, explicou o preparador físico.
No período da tarde, Rubinho, campeão olímpico em 2016 com a seleção brasileira masculina, onde trabalhou como assistente de Bernardinho por dez anos, palestrou sobre distintos aspectos do voleibol moderno, como treinamento, sistema defensivo e break point. Ele enfatizou a importância das discussões realizadas durante o evento que possibilitam o desenvolvimento da modalidade.
“Esse encontro é importante sempre, porque aqui, por exemplo, temos várias pessoas de muito sucesso e penetração no voleibol brasileiro e mesmo em nível mundial. É tão bom que todos nós, palestrantes, fizemos questão de estarmos presentes ao máximo para aprender e trocar conhecimentos com essas pessoas tão qualificadas. Essa é a forma da gente crescer como coletivo, grupo e movimento. Isso é fundamental, o Brasil precisa disso e esse é um dos melhores espaços que eu já vi nos últimos 30 anos que estou atuando”, finalizou Rubinho.
A programação do dia encerrou com uma mesa redonda, assim como nas demais noites do evento, sempre mediada pelo ex-técnico e jornalista, Cacá Bizzocchi. O formato possibilitou a abertura para questionamentos de todos os participantes promovendo uma interação maior com os palestrantes.
“Eu acho que esse formato de mesa redonda contempla uma informalidade que foge um pouco do modelo de congresso. Assim a gente promove uma proximidade um pouco maior. As pessoas ficam mais à vontade de expor a sua opinião e eu acho bem interessante. É como se fosse um fechamento do dia. Muita informação. E o que ficou de curiosidade, de intenção, de dúvida, acho que a gente conseguiu reunir na mesa redonda, na discussão com quem participou”, comentou Cacá.
Bizzocchi aposta no crescimento do congresso e acredita que as próximas edições tendem a ser ainda mais ampliadas. “Acredito tanto nisso que espero que a gente repense a questão da mesa redonda porque são tantas coisas para discutir que fica sempre faltando. Então acho que serão mais espaços de discussão, mais temas, abordagens diferentes e tudo isso pode muito bem desaguar no final do dia em uma mesa de discussões, só não sei se a gente vai conseguir colocar todo mundo nesse modelo”, vislumbra com empolgação.
O congresso encerra neste domingo (28) com a última palestra comandada pelo técnico do Osasco – SP, Luizomar de Moura. A aula teórica está marcada para as 8h com encerramento do evento às 12h30.
Programação
Quarta-feira
14h – Marcos Pacheco (Aula teórica e prática)
19h30 – Bernardo Rezende (Palestra)
Quinta-feira (25.07)
8h – Javier Weber (Aula teórica e prática)
14 – Maurício Paes (Aula teórica e prática)
19h30 – Mesa redonda
Sexta-feira (26.07)
8h – Henrique Modenesi (Aula teórica)
14- Hélio Griner (Aula teórica e prática)
19h30 – Mesa redonda
Sábado (27.07)
8h – Fábio Correia – (Aula teórica)
14h – Rubinho (Aula teórica)
19h30 – Mesa redonda
Domingo (28.07)
8h – Luizomar de Moura (Aula teórica e prática)
12h30 – Encerramento