As equipes masculina e feminina do Colégio Regina Mundi, de Maringá, conquistaram nesta sexta-feira (25.09), mais uma vez, o título da categoria A dos Jogos Escolares do Paraná (JEPs), em Apucarana. Com a campanha do voleibol masculino, os maringaenses chegaram ao nono título consecutivo e as meninas conquistaram o tricampeonato do maior campeonato escolar da América Latina.
Na final, disputada no ginásio do Colégio Mater Dei, as meninas comandadas pelo treinador Dema não deram chances para as adversárias do Martin Luther de Marechal Cândido Rondon e fecharam o jogo em 3 sets a 0, com parciais de 25/13, 25/18 e 25/18 em 1h30 de jogo. O Colégio Regina Mundi encerrou a competição sem perder um set sequer em todos os jogos que disputou e fez uma das melhores campanhas da história nos 62 anos dos JEPs.
Apesar dos bons ataques no meio de rede e da aplicação da equipe rondonense na defesa, o poder de finalização de Maringá fez a diferença na final. As ponteiras Beatriz e Amanda Braga jogaram o fino da bola em todos os jogos que atuaram, sobretudo na partida decisiva, auxiliadas pela ótima atuação da levantadora Vanessa. Toda a equipe de Maringá mostrou aplicação durante o campeonato e sai de Apucarana merecedora do ouro e da vaga para representar o Paraná nos Jogos Escolares da Juventude do COB, entre 12 e 21 de novembro, em Londrina.
Pelo naipe masculino a equipe do Colégio Regina Mundi conquistou o eneacampeonato numa verdadeira guerra de nervos contra o bem armado e aguerrido time do Colégio Positivo de Telêmaco Borba, do treinador Neri Mangoni. A batalha épica no ginásio do Colégio São José terminou em 3 sets a 1, com parciais de 25/18, 25/15, 14/25 e 25/18 em 1h50 de jogo, para os maringaenses.
Após vencer com folga os dois primeiros sets, os meninos de Maringá não conseguiram manter o mesmo ritmo no terceiro e os borbenses saíram vitoriosos. No quarto a equipe do noroeste voltou focada em manter o título em Maringá e, com sangue nos olhos e apoio da torcida (depois do de ganharem o título no Mater Dei, as meninas de Marngá foram “voando” para acompanhar a final masculina), conseguiram reverter o placar e ficaram com o título escolar estadual. A equipe também conquistou a vaga para representar o Paraná nos Jogos Escolares da Juventude, em Londrina, em novembro.
Para o treinador Dema, maior campeão da história do voleibol nos Jogos Escolares do Paraná, os títulos vêm celebrar o trabalho forte e o apoio que a equipe recebe do Colégio e do município. “Comemorar os dois títulos é muito gratificante porque mostra que o trabalho do Colégio Regina Mundi e o nosso está sendo reconhecido. Tem sido um ano difícil, tivemos que passar por cima de muita coisa. Nesta competição, apesar de conquistarmos o objetivo almejado, tivemos alguma dificuldade com a equipe masculina que ainda é muito nova, temos três atletas que ainda são 99 no time titular. No feminino elas estavam muito focadas, vieram para a competição e não perderam nenhum set. Todos estão de parabéns”, avaliou Dema, que avisa.
“Agora volto para Maringá para ainda hoje dar o treino para as meninas do adulto porque este final de semana temos jogo do Estadual, onde também estamos indo bem e estamos com foco total e a partir de agora voltaremos a contar com a Gabriela no time, que voltou da seleção e está pronta para servir o nosso time e nos ajudar”, avisa o técnico campeão.
No feminino, a terceira colocação ficou com a equipe do Colégio Dom Bosco de Curitiba que derrotou o Colégio Aliança por 2 sets a 0, com parciais de 25/13 e 26/24. No masculino o bronze ficou com o Global de Umuarama, que na decisão derrotou o Plínio Tourinho de Colombo por 2 sets a 1, parciais de 14/25, 25/15 e 15/8.
Líbero da Seleção Brasileira acompanha finais em Apucarana
O líbero Rogerinho da Seleção Brasileira Sub-23 e do Copel/Telecom/Maringá, que disputa a sua terceira Superliga, esteve acompanhando a final masculina no São José e gostou muito do que viu. O jovem líbero maringaense de apenas 20 anos retornou recentemente ao Brasil depois de ficar na quarta colocação do Campeonato Mundial da categoria e ser eleito o melhor líbero da competição. Naquela oportunidade o Brasil perdeu para a Rússia na semifinal e para a China na decisão do terceiro.
“Foi uma grande experiência para mim como atleta e como pessoa. Aprendi que nunca, em hipótese alguma, devemos desistir de uma partida. O jogo é jogado e só perde quem desiste”, disse Rogerinho, atleta acostumado a destacar-se pelas equipes que defende e que está a um passo de chegar à seleção principal do Brasil e quem sabe em breve poderá jogar lado a lado do ídolo paranaense Serginho, o melhor líbero do mundo. “Estive com o Serginho e ele me prometeu uma camisa. Estou até hoje esperando”, adverte o bem-humorado Rogerinho, feliz com a vitória da equipe que o apresentou ao voleibol.
“Olhando eles jogando bate uma saudade enorme. Inclusive os meninos estão usando um uniforme semelhante ao que usamos na minha última participação nos Escolares Brasileiros, em Cuiabá, em 2012. Tenho três títulos dos Jogos Escolares e sinto uma saudade enorme de participar deste evento”, admite Rogerinho.
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