A atleta Gabriela Cândido (19), do Maringá/Amavolei, assinou na última semana contrato com uma das principais equipes do voleibol brasileiro e desde a última terça-feira (01.12) já está treinando no Rio de Janeiro para jogar a Superliga 15/16.
Na temporada do ano que vem, a ponteira natural de Tamboara, município de 5 mil habitantes do noroeste do Paraná, vai defender as cores do Rexona/Ades, equipe comandada pelo campeoníssimo treinador Bernardinho, recheada de estrelas do vôlei nacional e internacional.
Por cinco anos Gabi defendeu as cores de Maringá. O último campeonato que disputou foi a divisão A dos Jogos Abertos do Paraná, quando a equipe terminou na segunda colocação. Segundo a ponteira, esta é a maior oportunidade de sua carreira até então. “Estou muito feliz por ter dado certo. Me apresentei na terça-feira e apesar de eu ter ficado tímida, todo mundo me recebeu muito bem. Acho que o treino foi bem tranquilo e agora é só evoluir. Sei que nada disso seria possível sem ter passado pelas mãos do treinador Dema e, também, com as convocações para as seleções de base”, disse Gabi.
Consciente das dificuldades que vai encarar, Gabi mantém o pé no chão. “Acho que tenho poucas chances de já entrar em quadra. Na equipe tem muitas atletas com mais experiência do que eu. Estou aqui para aprender e, aliás, não tem como treinar com o Bernardo sem aprender bastante. Estou muito tranquila e quero buscar meu lugar no time. Minha expectativa é melhorar meu voleibol aqui e com certeza isso vai acontecer”, observa.
Fundamental para esta conquista, o treinador maringaense Dema admitiu que sente a saída da atleta de sua equipe. “Nossa função é essa, treinar e fazer com que as atletas sejam boas pessoas. Depois cada um segue o seu caminho. Eu acabo tendo que concordar, pois não quero segurar a carreira de um atleta de ponta como a Gabi e outras. Mas tenho que admitir que é um baque, mesmo eu já estando vacinado quanto a estas situações”, avisa Dema, que revela. “Estou repensando tudo aqui. Estamos passando por uma série de situações difíceis. Vou dar uma parada agora, organizar as coisas, tenho muita coisa para fazer ainda. Depois vou para a fazenda descansar, dar um tempo e repensar o futuro”, disse o misterioso treinador.
Beatriz, destaque da equipe, também pode deixar o Maringá/Amavolei
A jovem Beatriz Flávio (16), que também jogou pelo Maringá/Amavolei até o fim de 2015 e conquistou recentemente os títulos dos Jogos Escolares do Paraná, dos Jogos Escolares da Juventude e foi vice-campeã dos Abertos, com boas passagens pelas seleções de base do Brasil, foi chamada para jogar no Bradesco na temporada do ano que vem.
“Meu pai está vendo tudo isso para mim e vai até São Paulo semana que vem. Eles entraram em contato comigo, fizeram o convite e vamos ver o que vai acontecer”, revela Beatriz, que comenta. “Conversei ontem (quarta-feira) com o meu treinador (Dema) e foi muito difícil dizer isso para ele. Se estou tendo essa oportunidade é graças ao trabalho dele comigo, pela persistência e insistência. O Dema me ajudou em todos os momentos, ele é como um pai para todas nós e agora tenho muito a agradecer e evoluir”, disse a oposta. ÂÂÂÂÂÂ
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