O vôlei de praia paranaense tem estado cada vez mais em evidência no cenário nacional. E essa história que está apenas começando têm dois novos personagens: Felipe de Oliveira Miranda e Patrick Colombo Damaceno. Eles começaram a escrever um novo capítulo após conquistar no último domingo (03.04) o título da primeira etapa do Circuito Banco do Brasil Sub-19 de Vôlei de Praia, que aconteceu no Centro de Desenvolvimento do Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ).
A parceria venceu a grande final contra a dupla Gabriel/Willian por 2 sets a 0 (21×19 e 21×15), e ficou com o lugar mais alto do pódio. O Paraná é o atual campeão da competição e com esse resultado manteve a hegemonia no naipe masculino.
Patrick comentou sobre a conquista e dedicou a primeira colocação. “Esse foi meu primeiro título brasileiro. Já havia defendido o Paraná na quadra, no Campeonato Brasileiro de Seleções, e meu melhor resultado foi apenas um quarto lugar. Este ano estou disputando um brasileiro na minha categoria e não vou perder esta oportunidade. Também gostaria de dedicar esse título ao meu tio, que faleceu no inicio deste ano. Ele sempre me incentivou e esta medalha de ouro vai para ele”, destacou.
Já Felipe falou sobre a hegemonia paranaense e a pressão no dia a dia. “Manter o Paraná na primeira colocação no ranking é uma pressão muito grande. Porém, já estamos acostumados, pois já disputamos aqui em nosso centro de treinamento a vaga para os brasileiros. A competição começa em Maringá, e em quadra as coisas acabam saindo mais tranquilas. O Robson também nos ajuda a lidar com essa pressão”, ressaltou.
Patrick e Felipe no pódio do Circuito Banco do Brasil sub-19 de Vôlei de Praia (Foto: Divulgação/CBV)
Brilhante trajetória
Esse título é fruto de um trabalho incansável realizado pelo técnico Robson Xavier na Associação Maringaense de Vôlei de Praia (AMVP), que é parceira da Federação Paranaense de Voleibol (FPV). Para ele o título é reflexo de muita dedicação. “Esse título, juntamente com o sub-21 que conquistamos no mês passado, revela o trabalho que estamos fazendo. Nos anos anteriores já havíamos conquistado o título dessas categorias [sub-19 e sub-21], sempre com atletas diferentes. Isso é prova da renovação constantemente em nosso elenco”, afirmou.
Com resultados expressivos no cenário nacional e internacional, Robson se tornou técnico das categorias de base da Seleção Brasileira de vôlei de praia, e hoje tem em suas mãos as grandes promessas para os próximos ciclos olímpicos. Com a missão de lapidar os diamantes brasileiros, ele falou a respeito do convite e da experiência adquirida nesse período.
“Recebi com muita felicidade a convocação para ser o técnico das seleções de base do Brasil. Isso é fruto do trabalho que desenvolvemos aqui em nosso município [Maringá] com o vôlei de praia. Conquistamos todos os títulos possíveis nas categorias de base e assim ganhamos o reconhecimento da Confederação Brasileira de Voleibol. Digo o mesmo para os demais técnicos que compõem as seleções, como é o caso de Cida Lisboa, que também dirige com maestria em Sergipe o trabalho de formação com sua filha Eduarda Lisboa”.
Robson durante os treinamentos da Seleção Brasileira no CDV (Foto: Thiago Paes/FPV)
Hoje, a AMVP trabalha com 40 atletas em cinco categorias (sub-17, sub-19, sub-21, sub-23 e adulto), nos naipes masculino e feminino. Com apoio da Prefeitura Municipal de Maringá, o centro de formação está situado na Vila Olímpica de Maringá, ao lado do ginásio Chico Neto. A associação tem voltado à maioria dos seus esforços na formação de atletas e os resultados estão sendo conquistados a cada dia com títulos que vão desde as competições de base até o Circuito Open e Sul-Americano.
Também há um projeto em parceria com a Secretaria de Esportes e Lazer de Maringá, que trabalha com crianças entre nove e 14 anos, e que segue até a categoria máster (atletas veteranos). A iniciativa já atende mais de 100 atletas. Tudo isso atrelado a uma estrutura profissional, que conta com fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista e preparador físico.
Grande promessa
Arthur Lanci, um dos nomes cotado para os próximos ciclos olímpicos, é prata da casa. Formando nas categorias de base da AMVP, ele é chamado por alguns como o “novo” Emanuel Rego (Mano), por tamanho talento e técnica, extremamente aprimorada.
A esquerda, Arthur Lanci durante os treinamentos no CDV (Foto: Thiago Paes/FPV)
Hoje, Arthur está entre os melhores jogadores de vôlei de praia do Brasil. Com diversos títulos nacionais e internacionais, o jovem de apenas 20 anos caminha a passos largos para se tornar um dos maiores nomes da história da modalidade.
Inspirado pela paranaense Ágatha Bednarczuk, que junto com sua parceira, a carioca Bárbara Seixas, disputará os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Arthur Lanci segue trabalhando e visando algum dia também representar o Brasil no maior espetáculo do esportivo do Mundo. “Ele tem o perfil de atleta que procuramos para a nova safra do vôlei de praia nacional. Apesar de ainda estar em desenvolvimento ele já colhe resultados extraordinários e, com certeza, trará muitos títulos”, acrescentou Robson.
Assessoria de Imprensa FPV
Thiago Paes
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