De Curitiba (PR), Thiago Paes
Após a medalha de prata da paranaense Ágatha nos Jogos Olímpicos, as nossas jovens promessas continuam fazendo bonito nas areias do Rio de Janeiro. Para não sair da rotina, o último fim de semana foi de grandes conquistas para o Paraná no Circuito Banco do Brasil Sub-21. Adrielson e Arthur Lanci conquistaram a medalha de ouro no masculino, enquanto Monique e Bitencourt ficaram com o bronze no feminino.
O Centro de Capacitação Física do Exército, na Urca, serviu como palco para as decisões. Entre os homens, a final reuniu dois campeões mundiais. George (PB) e Arthur Lanci (PR) ficaram frente a frente.
Melhor para Adrielson e Arthur Lanci que superaram George e Renato, de virada, por 2 sets a 1, com parciais de 16/21, 21/14 e 15/9. Foi o terceiro ouro consecutivo para o Paraná em três etapas realizadas – as três vitórias contra os paraibanos.
“George é um grande amigo, a história que tenho ao lado dele é incrível. Mas aqui estamos representando nossos estados. Felizmente tivemos paciência para virar a partida e ficar com o ouro. É importante para que possamos buscar o título da temporada”, disse Arthur Lanci após a partida.
A terceira colocação ficou com Igor Borges e Gabriel Gouveia que superaram Jonas e Matheus Maia por 2 sets a 0 (21/19, 21/16), em um duelo entre cariocas.
No naipe feminino, Monique e Bitencourt enfrentaram as cearenses Verena e Amanda na disputa pelo bronze. A dupla paranaense mais uma vez mostrou porque está entre as melhores do Brasil e venceu a partida por 2 sets a 0, com parciais de 21/15 e 21/18, ficando com a terceira colocação.
A técnica Nayara Malheiros, que esteve ao lado da parceria nas areias cariocas, comentou o resultado. “É sempre muito bom o desempenho ser representado por uma medalha, pois mostra que nosso trabalho está no caminho certo. Além do mais, nos enche de forças para continuarmos trabalhando”, disse.
Victoria e Tais (MS) conquistaram a medalha de ouro após vencer, de virada, as cariocas Vitoria e Giovanna por 2 sets a 1, com parciais de 17/21, 21/19 e 15/7.
Projetando campeões
As duplas paranaenses fazem parte do projeto da Associação Maringaense de Vôlei de Praia (AMVP), que conta com o apoio da Federação Paranaense de Voleibol (FPV). Nos últimos anos vários talentos foram revelados nas areias da Vila Olímpica em Maringá.
Robson Xavier, técnico da seleção brasileira de vôlei de praia nas categorias Sub-19 e Sub-21, é um dos responsáveis pela iniciativa. Após garantir mais duas medalhas no Circuito Sub-21, ele atribuiu a conquista ao esforço e dedicação dos atletas.
“Os atletas se preparam muito tanto para as etapas dos brasileiros. Com a ajuda de uma equipe extremamente qualificada, que conta com fisioterapeuta, preparador físico e os treinadores Nayara Malheiros e o auxiliar Vinicius Maneira, estamos conseguindo alcançar bons resultados” destacou.
Robson ainda falou sobre a supremacia estabelecida pelo do Paraná na competição. “Esses resultados refletem todo o investimento feito nas categorias de base. Hoje, todos os nossos atletas da categoria adulta vieram da nossa base. A mesma estrutura oferecida ao alto rendimento é utilizada na iniciação. Isso proporciona um desenvolvimento mais rápido dos nossos jogadores”, afirmou.
Ranking
A decisão do título da temporada fica para a quarta e última etapa, em Palmas (TO), de 23 a 25 de setembro. Com três ouros, o Paraná lidera o ranking geral masculino com 600 pontos, enquanto a Paraíba aparece em segundo, com 540, e o Rio de Janeiro em terceiro, com 440. No naipe feminino, o Mato Grosso do Sul lidera com 560 pontos, seguido pelo Rio de Janeiro, com 500. O Ceará aparece na terceira colocação, com 460.
Assim como ocorre no circuito Sub-19, o Sub-21 é um campeonato de seleções estaduais, com duplas da mesma federação. Ele mantém o formato das últimas duas temporadas, com cada estado indicando suas delegações nos dois gêneros em busca do título. Além dos atletas, que podem ser alterados a cada etapa, as federações elegem um técnico. Os pontos obtidos vãos para o estado e o campeão geral é determinado ao final das paradas.
O atual modelo foi implementado em 2013 com o objetivo de identificar novos talentos nas areias, num trabalho de renovação. E, a partir daí, analisar quais são os polos que precisam receber um incentivo maior para se desenvolverem e serem trabalhados de forma mais direcionada. Na temporada de estreia, os títulos ficaram com os estados do Paraná (masculino) e Sergipe (feminino), que repetiram a dose em 2014 e 2015.
Assessoria de imprensa FPV
Thiago Paes
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