A árbitra paranaense Giseli Amantino, 36 anos, passou a integrar o quadro de árbitros internacionais de vôlei de praia da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). A oficialização aconteceu na segunda-feira (18.07), na sede da Federação Paranaense de Voleibol (FPV), onde o presidente Neuri Barbieri acompanhado do vice-presidente Ely Pereira entregaram o certificado e o tão sonhado escudo prata e azul.
Giseli nasceu em Criciúma (SC), mas foi no Paraná que ela deu os primeiros passos na arbitragem. Em 1998, quando cursava educação física na Universidade Federal do Paraná (UFPR), procurou o curso promovido pela FPV, por ter afinidade com o esporte. E não demorou muito para começar a atuar.
“Nessa época a universidade entrou em greve. Fiquei cerca de três meses apitando. Lembro com muito carinho da minha primeira competição, que foi os Jogos Escolares do Paraná e também do meu primeiro coordenador, o Luiz Carlos Marciano (Lula)”.
Mas quem imagina que o caminho até se tornar árbitra internacional foi fácil está muito engado. Como a maioria dos árbitros Giseli iniciou a sua carreira na quadra. Oito anos depois já havia sido promovida a aspirante a nacional e em 2009 a nacional.
“Os anos em que atuei na quadra foram essenciais para a minha formação, pois, deixando de lado aspectos técnicos e algumas peculiaridades de cada modalidade, o árbitro ao longo de sua carreira amadurece e desenvolve suas capacidades, reflexos e ganha experiência vencendo os desafios que lhe são apresentados”, destacou.
Com o passar do tempo, Giseli foi se encantando com o vôlei de praia e aos poucos a sua carreira foi migrando para as areias. Em 2010, ainda como aspirante a nacional na praia, ela participou da sua primeira competição internacional o Swatch FIVB World Tour – Brasília Open, promovido pela FIVB.
“Ainda na quadra, em 2010, cheguei a atuar no amistoso internacional da seleção brasileira masculina contra a Polônia. Um ano depois decidi encerrar a minha carreira nas quadras. A minha última competição foi o Campeonato Brasileiro de Seleções – Infantojuvenil feminino, em Guaratuba”.
Em 2012, após 14 anos de arbitragem, Giseli foi para a Republica Dominicana, na cidade de Santo Domingo, fazer o curso para se tornar árbitra internacional de vôlei de praia. “Após a parte teórica, fui avaliada no World Tour Open Paraná – Argentina, que aconteceu em novembro de 2014, e no World Tour Open – Rio de Janeiro, em setembro de 2015. Após o estágio probatório, fui finalmente oficializada como árbitra internacional de vôlei de praia, em abril deste ano”.
O presidente da FPV, Neuri Barbieri, fez questão de elogiar a trajetória de Giseli. “Sempre foi muito determinada, estudiosa e focada nos seus objetivos. Essa promoção vem coroar todo o seu esforço e dedicação durante todos esses anos. Posso dizer que sinto muito orgulho por estar fazendo parte desse momento”, salientou.
Ely Pereira, que foi o primeiro árbitro paranaense a ser promovido a categoria internacional, falou sobre a importância do Paraná na arbitragem. “Sempre fomos um grande formador de árbitros. Exemplo disso é o Paulo Turci, que é árbitro internacional na quadra e foi convocado para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, e agora a Giseli Amantino, que está se destacando na praia. Não podemos perder essa essência e sempre continuar formando e lapidando nossos profissionais do apito”, disse.
Giseli também se lembrou das pessoas que a ajudaram nessa trajetória. “Durante esses 18 anos contei com a ajuda de varias pessoas. O Olegário Stinglin Jr, Luís Carlos e do presidente Neuri Barbieri, que contribuiu muito com a minha formação e sempre me incentivou a continuar em frente”.
“Para os árbitros que sonham um dia a se tornarem internacionais, o trabalho é duro e diário. Desenvolvemos nossas carreiras durante os jogos que trabalhamos e, certamente, várias vezes vamos optar por decisões equivocadas. Mas o comprometimento, a perseverança, o estudo e o prazer no que fazemos nos estimulam a continuar. O conhecimento na língua inglesa também é importante, assim como o trabalho em equipe. Pela limitação do número de vagas pela FIVB, não é fácil, mas sempre é possível, basta querer e trabalhar duro para chegar lá”, finalizou.
Assessoria de imprensa FPV
Thiago Paes
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