Na década de 80, as seleções femininas do Brasil e do Peru travaram uma das maiores rivalidades do esporte. As peruanas com o time comandado pelas lendárias Rosa Garcia, Natália Málaga e Gabi Perez alcançaram o vice-campeonato nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988. Atualmente, as brasileiras são as atuais campeãs olímpicas e o vôlei do Peru luta para se reerguer. Nesta QUINTA-FEIRA (14.07), as seleções estarão mais uma vez frente a frente. O desafio e válido pela primeira rodada da Copa Internacional de vôlei, às 18h30, no ginásio Nilson Nelson, em Brasília, com entrada gratuita.
Antes do confronto das brasileiras com as peruanas, Japão e Itália fazem o primeiro jogo do quadrangular amistoso, às 16h. As duas partidas terão transmissão ao vivo do canal Sportv.
No último duelo entre as seleções, neste mês, na Copa Pan-Americana, vitória das brasileiras por 3 sets a 0. Para o treinador da equipe brasileira, José Roberto Guimarães, o Brasil não terá vida fácil contra as peruanas.
“O Peru está se preparando para receber o Campeonato Sul-Americano adulto que poderá classificar até duas equipes para a competição mais importante do ano, a Copa do Mundo. Esse torneio fornecerá três vagas para os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Portanto, elas vão chegar bem preparadas. Além de ser uma equipe de muita tradição no vôlei”, explica Zé Roberto.
O bom momento de Thaisa
Na primeira competição da seleção feminina em 2011, a central Thaisa foi um dos destaques da equipe. A campeã olímpica foi eleita a melhor bloqueadora da Copa Pan-Americana e teve atuações decisivas na campanha que culminou com o título das brasileiras. Em quatro das sete partidas do time verde e amarelo , a meio de rede terminou o jogo como a maior pontuadora. Na semifinal, contra Cuba, foram 18 pontos e, no confronto contra Porto Rico, foram 15 acertos, 10 deles somente de bloqueio.
“Fiquei feliz com o título, mas ainda tenho muito o que melhorar principalmente no posicionamento de bloqueio. Tanto o Zé Roberto quanto o Bernardo (técnico que comandou Thaisa quando ela jogava na Unilever) sempre me cobraram muito isso e sei que ainda posso evoluir. O meu saque também precisa de uma maior regularidade”, afirma a jogadora.
No jogo contra o Peru, Thaisa pede atenção das brasileiras com a velocidade adversária. “Elas têm um time rápido, difícil de ser marcado em algumas situações. Temos que acertar as marcações de bloqueio e pressionar”, garante a atacante, que também comemora com a oportunidade de jogar em solo brasileiro:
“Estava sentindo falta de jogar com a camisa da seleção no Brasil. O carinho da torcida é ótimo e espero que possamos nos apresentar bem”, finaliza a campeã olímpica.