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Capitã da seleção brasileira de vôlei e uma das principais jogadoras do Sesi-SP, a central Fabiana usou seu perfil no Facebook para fazer um desabafo contra um caso de racismo sofrido na noite desta terça-feira em partida contra o Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte. A jogadora, que é mineira, afirmou que durante a partida foi chamada diversas de “macaca” por um torcedor.
“Vivenciar isso é difícil e duro!Vivenciar isso na minha terra, torna tudo pior! Ontem durante o jogo contra o Minas, um senhor disparava uma metralhadora de insultos racistas em minha direção. Era macaca quer banana, macaca joga banana, entre outras ofensas. Esse tipo de ignorância me atingiu especialmente, porque meus familiares estavam assistindo a partida. Ele foi prontamente retirado do ginásio pela direção do Minas Tênis Clube e encaminhado à delegacia. Agradeço a atitude do Minas, em não ser conivente com esse absurdo. Clube este, onde comecei a minha história e onde até hoje tenho pessoas queridas. “, escreveu a jogadora.
Apesar da derrota do Sesi por 3 sets a 1 (25-23, 15-25,25-19 e 25-18), Fabiana acabou como a maior anotadora da partida. Ela fez 19 pontos.
Regulamento prevê punição de acordo com Código Brasileiro de Justiça Desportiva
O regulamento da Superliga, elaborado pela CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), prevê que “as infrações e ocorrências cometidas no transcorrer da Superliga serão processadas e julgadas pela Justiça Desportiva – na forma estabelecida pelo CBJD, com base nas súmulas dos jogos, nos relatórios dos delegados da CBV e dos árbitros e outros meios de prova pelo CBJD admitidos.
Segundo consta no Artigo 243-G do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), a pena em casos como este pode incluir perda de pontos, multa e até mesmo a exclusão do campeonato, como ocorreu com o Grêmio na Copa do Brasil após uma torcedora chamar o goleiro Aranha, do Santos, de “macaco”.
À reportagem, a CBV informou que até o fim do dia receberá a súmula e o relatório do delegado. Depois, encaminhará toda a documentação ao Tribunal de Justiça Desportiva.
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FONTE: UOL