Abalada pelas denúncias de corrupção durante a gestão deAry Graça, a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) espantou de vez nesta segunda-feira (19) qualquer possibilidade de perder seu principal patrocinador, o Banco do Brasil. Através de comunicado oficial, as duas entidades anunciaram que foram feitos aditivos ao contrato original, o que permitiu às partes reafirmar a parceria.
Em dezembro, o Banco do Brasil suspendeu os pagamentos à CBV por conta dos cerca de R$ 30 milhões em desvios apontados pela Corregedoria Geral da União (CGU) e pela rede de televisão “ESPN”. De acordo com o banco, a continuidade do contrato, válido até 2017, estava condicionada a mudanças na administração da Confederação.
A partir de então, a CBV disse trabalhar para a implantar um novo modelo de gestão com maior controle dos recursos pela comunidade do voleibol e pelo patrocinador e a promessa foi aceita. Nos aditivos assinados constam a implantação de um Comitê de Apoio ao Conselho Diretor da CBV com participação de representantes da comunidade do voleibol, implantação de regras de contratações, reformulação do Conselho Fiscal, definição de parâmetros na destinação do bônus de performance aos atletas, criação da Ouvidoria da CBV e o compromisso de buscar ressarcir os valores pagos de serviços sem comprovação de execução.
A CBV assumiu junto ao Banco do Brasil o compromisso de que todos os itens dos aditivos sejam implementados em 90 dias. Dessa forma, estarão garantidos os recursos para a preparação tanto do vôlei indoor quanto de praia para a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.
Presidente da CBV, Walter Pitombo Larangeiras comemorou a continuidade do contrato. “A CBV nunca pensou em encerrar o patrocínio, mas tínhamos ciência de que precisávamos racionalizar gastos, melhorar o controle e uma gestão que pudesse gerar ainda mais conquistas, ainda mais desenvolvimento e ainda mais orgulho aos brasileiros. Nós temos esse compromisso não só com o Banco do Brasil, mas com nossos outros parceiros, nossos atletas, e o mais importante, o compromisso com o amante do voleibol brasileiro”, afirmou.
O atual contrato entre CBV e Banco do Brasil prevê o pagamento de R$ 350 milhões entre 2012 e 2017.
Fonte: Melhor do Vôlei