Depois de 35 anos de construção, a sede da Federação Paranaense de Voleibol está passando por uma intensa reforma. Construída ainda em tempos de ditadura no Brasil, a sede da fundação Voleibas (junção de voleibol e basquete) abriga a administração das duas entidades co-irmãs, e há algum tempo a edificação tem passado por dificuldades. Constantes inundações, quedas e oscilação constantes de energia, aliadas ao clima úmido da capital paranaense, deixaram a sede da entidade ano a ano com um aspecto de abandono.
Com boa parte deste tempo de construção da sede como presidente da entidade máxima do voleibol no Estado, Neuri Barbieri conta que o local onde está localizada a sede da FPV tem histórias que as pessoas mais novas sequer imaginam. Ele conta que o local foi construído graças ao Ministro Ney Braga, que foi Governador do Paraná, com recursos do Governo Federal e que hoje há uma briga na justiça com a Prefeitura de Curitiba que se diz proprietária do imóvel.
Dentre esses 35 anos, a sede da FPV já foi invadida, inundada e até abandonada pela FPV que no final da década de 90 se transferiu para um escritório na alameda Júlia da Costa. A mudança de sede do atual prédio era por causa da insegurança que a região oferecia e pelos constantes roubos de veículos acontecidos no estacionamento da praça, que hoje é cercada, mas que em outras épocas sequer vigilantes tinha. Hoje com atividades que a Prefeitura de Curitiba desenvolve na Praça Plínio Tourinho, o local fica movimentado, tem a Guarda Municipal que garante o zelo do patrimônio e a tecnologia também propicia um pouco mais de tranquilidade quanto à segurança.
A reforma na FPV ampliou e otimizou espaços administrativos, depósitos e novos banheiros e cozinha garantem comodidade aos visitantes, bem como organiza melhor toda documentação que é responsabilidade da FPV em zelar. A nova pintura vai dar uma cara nova para a seda da FPV e o ambiente interno tenta renovar e modernizar o atendimento, sempre visando o melhor para bem administrar o voleibol paranaense.
Segundo o presidente Neuri Barbieri, o investimento na obra vem de contribuições que cada entidade e membro da FPV que participa ativamente das competições realizas no Estado: “A FPV sozinha não tem condições de realizar uma reforma, todo mundo conhece a situação da federação. Há menos de um ano não fomos para um brasileiro por falta de dinheiro para pagar as passagens da seleção. Agora temos apoio do Governo do Estado, coisa que há mais de 15 anos não tinha. Tenho a compreensão dos clubes e entidades filiadas que as taxas é que garantem o desenvolvimento de atividades em prol do voleibol. Até mesmo da arbitragem estou tendo a consciência que a Federação é a entidade que garantem a eles (árbitros) a possibilidade de atuar em várias competições.”
Em razão das reformas acontecidas na Federação, a FPV ficou sem comunicação telefônica desde o dia 13 de fevereiro, disponibilizando os celulares de seus membros para a comunicação verbal indispensável, além dos e-mails que continuam funcionando. Esse ar virtual da FPV no início do ano atrapalhou os planos do superintendente da FPV, Jandrey Vicentin: “Tínhamos em mente cumprir prazos, desde o início do ano, mas infelizmente a reforma durou mais que o previsto e isso atrapalhou o desenvolvimento de ações administrativas e financeiras que aos poucos estão voltando ao normal.”
A reforma na Federação Paranaense de Voleibol iniciou dia 01 de fevereiro e tem previsão de encerrar a primeira fase dia 15 de março.