
A jovem Bruna Souza, levantadora da equipe Unibrasil, foi convidada pela Troy University, uma das mais renomadas instituições de ensino do estado do Alabama, nos Estados Unidos, para estudar e defender a equipe durante os próximos quatro anos. Ela embarca no dia 13 de julho levando na bagagem o sonho de construir uma carreira sólida no voleibol internacional.
Bruna nasceu em Curitiba e pratica o esporte desde os 8 anos de idade. Hoje com 17, a jovem sempre fez parte do mesmo grupo dentro das quadras, o que foi decisivo para que ela conseguisse alcançar bons índices e conquistasse uma liderança natural dentro da equipe. Atualmente, Bruna é capitã do time que vai disputar a primeira etapa do Estadual Adulto em Araucária, entre 25 e 27 de maio, sua última competição no Paraná. Segundo Bruna, as principais conquistas que teve foram os títulos da Taça Paraná e Jogos Escolares em 2012 e a medalha de ouro das Olimpíadas Escolares, em 2011, disputada em Curitiba.

Além de Bruna Souza, outras atletas já foram jogar nos EUA, como Sara Mendes que foi no ano passado, e Nathalia Aguiar, do Círculo Militar, que pode ir em agosto, entre outras. “Fui agenciada pela empresa ‘Daquiprafora’, uma agência que faz o intercâmbio de atletas para universidades americanas. Eles me ajudaram muito, mandaram meus vídeos para a faculdade e fui escolhida. É muito difícil conseguir isso sozinha e grande parte das meninas que foram para lá, foram através desta agência”, conta Bruna, que revelou ter predisposição para jogar como atacante, mas que foi levantando que se encontrou na profissão.
O que levou a atleta para morar por quatro anos longe da família foi a estrutura oferecida pela universidade e a chance de conhecer novas pessoas. “Lá tem uma estrutura maravilhosa. Além de ser uma cidade universitária eles investem na prática esportiva e sempre alcançam bons resultados. Espero também conhecer novas pessoas, do mundo inteiro, já que tem muito estrangeiro. A oportunidade de fazer uma faculdade fora também me agrada muito e o estudo me motiva a seguir em frente. Quero cursar engenharia civil, mas ainda não preciso escolher. Temos dois anos para fazer isso, até porque ainda sou bem nova e não quero escolher agora o que vou fazer pelo resto da vida”, explica.
O idioma não será motivo de preocupação, já que Bruna estuda inglês desde que era criança e tem fluência em conversação e escrita. Segundo ela, o que mais fará falta neste período será a ausência dos amigos e familiares. “Vou sentir muita falta dos meus pais, dos meus irmãos, dos meus amigos. Sempre que tenho tempo vou até o litoral porque meus pais moram lá. Também vou sentir muita falta dos meus quatro cachorrinhos. Mas isso é necessário, é uma porta que está sendo aberta e que o vôlei me proporcionou”, disse Bruna, que aproveitou para agradecer os principais incentivadores de sua carreira. “Agradeço muito à Kátia Keller, o Edinho Pelanda e o China. Cada um teve a sua fase e me ajudou da sua maneira. A Kátia foi uma mãezona, o Edinho foi o melhor técnico da minha vida. O China me fez adquirir experiência, me colocou para jogar em grandes competições e confiou em mim. Agradeço muito também os meus pais, que estão fazendo tudo isso acontecer”, disse a caçula da família de três irmãos.

Mesmo triste com a ida da atleta aos Estados Unidos, o treinador Edinho Pelanda está feliz com a conquista de Bruna. “Primeiro fico triste por ela estar indo porque é uma atleta importante para nossa equipe. Mas ao mesmo tempo fico feliz porque é um sonho dela, um objetivo enquanto atleta. A Bruna é muito esforçada, sempre se dedicou ao máximo e serve de exemplo para as outras. Ela tem uma postura firme, tem o respeito das companheiras dentro e fora de quadra, além de ser uma menina de caráter. Desejamos muita sorte e só temos que apoiar, espero que dê tudo certo”, finalizou Edinho.
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