Começou na sexta-feira, dia 20, a edição 2015 do Curso Nacional de Treinadores Nível II promovido pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. O curso, que inicialmente teria 50 vagas disponíveis, superou as expectativas e fechou com a participação de 63 alunos representando diversas regiões do Paraná e de outros estados da Nação como Espírito Santo, Santa Catarina, Distrito Federal e Rondônia, entre outros. A cerimônia de abertura lotou o auditório do Ginásio Max Rosenmann.
E foi com casa cheia que o vice-presidente da CBV, Neuri Barbieri, após as boas-vindas aos participantes, falou sobre a atual situação das categorias de base do Brasil e a importância da preparação dos comandantes das equipes. “Nossa principal função é fomentar o voleibol no Brasil e nós estamos conseguindo fazer isso não só a nível profissional, mas principalmente com os jovens atletas, com as categorias de base. E o trabalho do treinador é cada vez mais importante, por isso estamos investindo na formação e graduação de novos profissionais. A excelência do vôlei nacional passa pela preparação e evolução constante das comissões técnicas de uma equipe”, disse. Neuri aproveitou a ocasião para ter uma rápida conversa a respeito das acusações que envolveram o nome da entidade máxima do voleibol brasileiro nos últimos meses. Segundo ele, todos os imbróglios envolvendo a CBV, patrocinadores e dirigentes foram ajustados.
José Francisco Macedo, o Gaúcho, presidente em exercício da Federação Paranaense de Voleibol (FPV), agradeceu a participação e o interesse de todos no curso. “Espero que aproveitem ao máximo esta oportunidade. O dia de hoje pode ser celebrado como o começo de uma longa história no voleibol para alguns de vocês. Saibam que a Federação do Paraná sente-se orgulhosa por tê-los todos conosco”, avisa.
Com carga horária de 80 horas, as aulas vão até dia 28 de fevereiro e serão ministradas por dois exemplares técnicos do voleibol nacional: o paranaense Percy Oncken, diversas vezes campeão mundial com as seleções de base do Brasil; e o gaúcho Jorge Schmidt, tricampeão da Superliga.
Participando pela 13ª vez como palestrante num Curso de Treinadores da CBV, Jorge disse estar orgulhoso por saber que o evento bateu recorde no número de inscritos e que isso, de certa forma, dá ainda mais responsabilidades aos instrutores. “Com cursos como este podemos aprimorar nosso conhecimento e promover uma verdadeira troca de informações. Ações como esta merecem cada vez mais incentivo por parte dos dirigentes. Falamos com orgulho que superamos o número limite de participantes, o que praticamente nos “obriga” a jogar o nível das apresentações lá em cima”, explica.
Expectativa de evolução e descobrimento de uma nova carreira incentiva os participantes
Dentre os participantes percebe-se um número elevado de jovens querendo buscar o aperfeiçoamento. Dentre eles está Márcio Cheva, de Curitiba. “A primeira impressão é a melhor possível por causa dos palestrantes, que são profissionais extremamente capacitados, referências do voleibol. Me inscrevi porque quero aprender mais, ficar mais confiante ao lado da quadra e, mais para a frente, começar a atuar com o esporte de rendimento. Hoje trabalho mais com iniciação, mas o objetivo é outro, então por isso busco mais conhecimento”, explica.
Uma das poucas mulheres inscritas no curso é a jovem Cibele Carbonar. Ela é atleta da equipe de São José dos Pinhais e, no ano passado, formou-se em Educação Física. “Sempre gostei muito do esporte, faz dez anos que pratico o voleibol. Tive os exemplos da Kelly e do Alex (treinadores dela) de como ser dedicado, como se comportar e isso me motivou muito a viver esse mundo maravilhoso do vôlei. Quero aprender, melhorar cada vez mais e mostrar que as mulheres também são tão capazes quanto os homens. Este é um universo muito masculino, mas é muito válida a troca de experiências. Estamos conhecendo gente de outros estados, de escolas diferentes do voleibol e isso certamente vai enriquecer muito este curso”, disse Cibele.