Por assessoria FPV
O árbitro esportivo é aquela figura responsável por garantir a integridade das competições e cumprir o regulamento dentro das quatro linhas. Apesar da grande responsabilidade, a profissão é tão cruel, que, às vezes, o melhor trabalho desempenhado é quando o nome do árbitro não é lembrado. Apitar o final do jogo e ir para o vestiário com o dever de justiça e imparcialidade, é sinônimo de vitória para o time da arbitragem.
Ao vestir o uniforme, entrar em quadra e iniciar uma partida, o time de árbitros assume a responsabilidade de garantir justiça e imparcialidade. No voleibol paranaense, a equipe de arbitragem é referência nacional. Com o maior quadro estadual do país, o Paraná já contou com representantes em campeonatos nacionais, Mundiais e Olimpíadas.
“A arbitragem paranaense é destaque no país. Já tivemos árbitros do Paraná participando de Olimpíadas e sempre temos árbitros participando de competições nacionais. Temos o maior quadro de arbitragem do país, isso é fruto da dedicação e empenho de cada árbitro”, comentou Valdomiro Guandeline, coordenador geral de arbitragem do Vôlei Paraná.
Com mais de 30 anos dedicados ao esporte, Valdomiro iniciou como atleta, passou para o lado da arbitragem e hoje desempenha a função de coordenador do maior quadro estadual de árbitros do país. “Eu não tinha o desejo de ser árbitro, comecei por curiosidade, fui tomando gosto e não parei mais”, relembra Valdomiro.
Com a responsabilidade de garantir a excelência dos profissionais, o coordenador destaca a dedicação e o compromisso dos árbitros paranaenses. “A missão do árbitro é garantir que a partida ocorra de uma forma tranquila e que ao final o resultado seja justo, que a melhor equipe ganhe. Nem sempre essa partida é tranquila, mas o resultado tem que ser justo”, completou.
Missão árbitro: do amor ao vôlei à realização de sonhos
A carreira de um profissional da arbitragem geralmente começa na paixão pelo esporte. Assim como Valdomiro, vários árbitros da Federação Paranaense de Voleibol tiveram o primeiro contato com a modalidade dentro das quatro linhas.
Em outros casos, a trajetória segue o caminho inverso. Alguns técnicos que hoje comandam equipes começaram como árbitros, levando para a beira da quadra um conhecimento profundo das regras e da dinâmica do jogo. Entre eles estão André Van de Sand, Claudemiro Santos, Fábio de Almeida, Nei Branco e outros nomes que ajudaram a consolidar a arbitragem no estado.
Por diferentes motivos, alguns desses profissionais viraram árbitros em tempo integral, transformando os sonhos de atleta nos sonhos de conduzir o jogo com o apito..
Daniele Ruhland conheceu o vôlei de praia aos 11 anos, em Ponta Grossa. Como atleta, representou o município nos Jogos da Juventude e nos Jogos Abertos do Paraná. Em 2013, fez o curso de arbitragem e passou a apitar jogos pela Federação Paranaense. Os sonhos, que antes eram de subir no pódio, agora estão concentrados do outro lado das quatro linhas.
“Tenho muito orgulho da minha trajetória dentro da federação. Tive muitas pessoas me incentivando e me ensinando a ser melhor a cada dia e com a confiança da federação eu tive muitas oportunidades na minha ‘carreira’ como apontadora. Participei de um campeonato Mundial Escolar, Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia e Superliga. Eu já realizei muitos sonhos diante das oportunidades que tive, mas eu quero ir primeiramente para uma Liga Mundial e talvez sonhar com uma Olimpíada”, comentou Dani, que não esconde o desejo de trabalhar em um jogo do técnico Bernardinho.
Os sonhos com a arbitragem também se misturam com os sonhos da vida pessoal. No norte do Paraná, a árbitra Luana Domingues realizou um dos maiores sonhos em 2025: ser mãe. Sem deixar de lado a paixão pelo esporte, a profissional esteve em quadra até as 34 semanas de gestação (8 meses e meio) e retornou ao trabalho dois dias após o pequeno Matteo completar um mês de vida.
“Com certeza ele (Matteo) e meu marido são meus maiores incentivadores. Ser árbitro de vôlei é poder conduzir um jogo exemplar, aplicar as regras e sair despercebido, porque quem tem que brilhar são os atletas”, comentou Luana.
Próximo de completar 10 anos como árbitra, Luana busca objetivos maiores e quem sabe participar de competições internacionais.
“Defender o escudo da federação é muito gratificante e de grande responsabilidade, a instituição que me deu muitas oportunidades de crescimento e aprendizado, por isso prezo sempre em entregar o meu melhor a todos envolvidos nos jogos. Meu maior sonho é poder continuar crescendo profissionalmente e, principalmente, pessoalmente, e com a vontade de Deus poder chegar no maior nível como árbitra, que é Internacional, podendo participar e atuar em Jogos Olímpicos e Mundiais”, concluiu a profissional.
O presidente Jandrey Vicentin, que iniciou sua trajetória na FPV atuando como árbitro, destacou a relevância desses profissionais para o esporte. Segundo ele, a função exige alguém imune à passionalidade e à parcialidade, com pleno conhecimento das regras e senso de justiça. “O árbitro tem papel fundamental no voleibol, pois é quem decide quem vence o rally, acumula pontos e vence os jogos. Todo ponto é uma decisão do árbitro, por isso fica tão evidente quando uma bola com margem de interpretação acontece no jogo. Neste dia especial, parabenizar o excelente trabalho dos mais de 300 árbitros do quadro da Federação Paranaense atuantes, e todos aqueles que em algum dia já passaram nesta função.”
Seja dentro das quatro linhas, seja com o uniforme da arbitragem, seja como coordenador de uma equipe referência, o sonho de todos é ser respeitado como profissional. A Federação Paranaense de Voleibol tem orgulho do quadro de árbitros do Paraná.