Por assessoria FPV
O dia da criação do voleibol é comemorado em 9 de fevereiro. A data faz alusão a fundação do esporte, em 1895, nos Estados Unidos, por William George Morgan. Porém, no Brasil, existe o Dia Nacional do Vôlei, que é celebrado em 27 de junho. Nesta data, atletas, treinadores, equipes e torcedores comemoram um dos esportes mais vitoriosos do país.
A onda do voleibol cresceu no Brasil após a “Geração de Prata”, que colocou a seleção masculina pela primeira vez em um pódio olímpico, em 1984, em Los Angeles. Desde então diversas conquistas importantes nas quadras e na areia, tanto na modalidade masculina como na feminina, popularizaram o esporte no país.
Com o desenvolvimento e o destaque na mídia, o sonho do voleibol invadiu escolas, centros de treinamentos e passou a ser uma realidade para muitos atletas. Motivados por ídolos como Giba, Ágatha e Emanuel, ter um futuro no esporte e representar o país passou a ser motivação para a nova geração.
A educadora física e árbitra Ilda Schmitz, da região sudoeste do Paraná, já ouviu diversas vezes de alunos que o vôlei mudou a vida deles. Para ela, ensinar o esporte e receber o reconhecimento são os combustíveis para continuar se dedicando à modalidade por mais de quatro décadas.
“O vôlei sempre foi e será tudo na minha vida. Esse esporte maravilhoso me deu tudo que eu tenho, nada seria sem ele. É muito gratificante ouvir de ex-atletas ‘professora você mudou o rumo da minha vida’, ‘você fez eu me tornar uma pessoa melhor’. Isso não tem dinheiro que pague, só gratidão por ter a oportunidade de passar pela vida de muitas pessoas”, comentou Ilda.
Vidas pelo vôlei
Se inspirações não faltam para os atletas paranaenses que praticam o voleibol, alguns da nova geração provam que o estado deve ter novas páginas de vitórias no esporte. A levantadora Malu, de 17 anos, revelada pela equipe de São José dos Pinhais, está em preparação com a Seleção Brasileira Sub-19 para a disputa do mundial da categoria, que será em agosto, na Croácia e Hungria.
“Representar meu país sempre foi um sonho, desde novinha. Realizá-lo é uma das coisas mais importantes da minha vida. O vôlei faz parte da minha vida em tudo que eu faço. Meus dias são planejados conforme minha agenda de jogos, de viagens. Minha alimentação, meu condicionamento físico e minha saúde mental são geridos pelo esporte”, comentou Malu, que fez recentemente a primeira viagem internacional com a seleção.
Nas areias, jovens paranaenses também estão mostrando que a dedicação à modalidade rendem frutos. Na última etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia (CBVP), disputada em Cuiabá, quatro atletas da Associação Maringaense de Vôlei de Praia (AMVP) estiveram nas semifinais, sendo dois finalistas.
Entre os jogadores está Gabriel Zuliani, que ao lado de Felipe Cavazin, alcançou a primeira semifinal do CBVP na temporada.
“O esporte mudou a minha vida. Quando eu comecei com o vôlei eu não tinha muitas condições, depois que mudei para Maringá passei a ter mais oportunidades e cheguei a convocações para a seleção. Pude representar o Brasil na Olimpíada da Juventude, em Buenos Aires, e em três mundiais na base, sendo dois na Tailândia e um na China”, comentou Zuliani, que tem 21 anos.
Apesar da pouca idade, Zuliani e Malu sabem das responsabilidades e da dedicação que o esporte exige para a excelência. Os jovens esperam que o sonho do voleibol continue abrindo novas experiências e que sirva de inspiração para os futuros paranaenses do vôlei.