Participar dos Jogos Escolares da Juventude permite a estudantes de todo o Brasil adquirir mais experiências dentro e fora das quadras. Novatos aprendem com veteranos, que têm a oportunidade de trocar ideias com atletas olímpicos. Em Belém 2013, na etapa para jovens com idade entre 15 e 17 anos, o ex-jogador de voleibol Anderson Rodrigues, ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 e prata em Pequim 2008, é um dos embaixadores do evento. Nesta quinta-feira, dia 14, ele visitou a quadra do Colégio Ideal para acompanhar o torneio feminino de vôlei da competição. A armadora da Seleção Brasileira de basquete e atleta olímpica Adriana Moisés Pinto (Adrianinha), bronze em Sidney 2000, também acompanha o evento.
Anderson Rodrigues está na capital paraense para ver o desempenho dos alunos-atletas nas quatro modalidades coletivas do evento, que termina neste sábado, dia 16. O embaixador dos Jogos Escolares acredita na relação educacional-esportiva como uma forma de apresentar novas oportunidades aos jovens. “Educação e esporte têm de caminhar juntos. Não dá para se dedicar a um só, tem de ser integrado. Estar nos Jogos Escolares é muito bom porque é possível interagir com a garotada. Eu me divirto, curto muito, é uma coisa que faço com prazer”, disse Anderson.
Na interação entre embaixador e alunos, a ponteira do Colégio Regina Mundi (PR), Gabriela Cândido da Silva, 17 anos e 1,81m de altura, conversou com Anderson Rodrigues. O encontro aconteceu após a vitória paranaense sobre o Colégio Sophos (PA) por 2 sets a 0 (25/18 e 25/20). Atleta da Seleção Brasileira juvenil, a jovem quer seguir os mesmos passos do campeão olímpico. “Hoje eu não vivo sem o vôlei. Tento aproveitar cada oportunidade e, como sonho de qualquer atleta, quero chegar à seleção adulta, jogar em alto nível, chegar a um clube maior”, declarou Gabriela.
Prata no Mundial da Tailândia e bronze no Sul-americano do Peru, a ponteira Gabriela Cândido começou a jogar vôlei por incentivo dos pais aos oito anos. A experiência em campeonatos internacionais funcionou bem na partida contra as paraenses do Sophos, que contaram com o apoio da torcida local. “Eu estou acostumada com a pressão, é algo único. É preciso ter foco, atenção e treinamento. Tudo é aprendizado, e a gente tenta ajudar ao máximo as meninas mais novas”, explicou Gabriela, que participa pela segunda vez dos Jogos Escolares.
A também ponteira do Colégio Regina Mundi (PR), Victória Alves, 17 anos e 1,80m, é estreante na maior competição escolar esportiva do país. Ela destacou o ensinamento conquistado nos últimos dias a partir da participação nos Jogos. “A gente não desenvolveu tudo o que sabe. Essa foi nossa primeira vitória no campeonato, cada derrota serviu de aprendizado. A gente superou todos os obstáculos nessa partida. Este é o time da superação”, finalizou Victória.
Quando o assunto é esporte e educação, quem compartilha da opinião do embaixador Anderson Rodrigues é o técnico das paranaenses, Luiz Moretto. “Esse grupo não encaixou ainda, mas ele é formado por boas jogadoras. Quando você detecta um talento, precisa encaminhá-lo para novas oportunidades. Eu me orgulho muito de ter revelados medalhistas olímpicas, mas fico ainda mais orgulhoso daquelas que conquistaram uma profissão através das oportunidades possibilitadas pelo esporte”, falou Moretto. Há um ano no Paraná, o treinador revelou talentos para a Seleção Brasileira, a exemplo das medalhistas de ouro em Londres 2012, Jacqueline, Dani Lins e Adenizia.
Os Jogos Escolares da Juventude Belém 2013 são organizados e realizados pelo Comitê Olímpico Brasileiro, correalizados por Ministério do Esporte e Organizações Globo, com patrocínio da Coca-Cola e apoio do Governo do Estado do Pará e da Prefeitura Municipal de Belém.