O sábado (07.11) foi de decisão no Campeonato Estadual Sub-17 feminino de voleibol. As quatro melhores equipes do ano, na categoria 1999-2000, entraram em quadra para decidir vagas à grande final de 2015. A última etapa do campeonato – organizado pela Federação Paranaense de Voleibol (FPV) – foi realizada no município de Marechal Cândido Rondon, região oeste do Estado. Prevaleceu a força do voleibol curitibano que terá mais um confronto entre os dois maiores rivais da capital na atualidade. O clássico entre Círculo Militar/Dom Bosco e Clube Curitibano acontece na manhã de domingo (08).
Na primeira semifinal, entre Círculo Militar/Dom Bosco (líder da fase de grupos) e Prefeitura Municipal de Toledo/Avotol, a equipe curitibana não encontrou dificuldade para seguir à final. O set mais equilibrado foi o primeiro, 25 a 22. No segundo as meninas do Círculo Militar foram quase impecáveis, erraram pouco, se aproveitaram do aparente nervosismo das toledanas e fecharam em 25 a 12. No terceiro set Toledo chegou a ficar à frente no placar, mas não segurou a vantagem e as curitibanas viraram e encerraram o jogo com 25 a 17.
A outra semifinal foi quente. Com altos em baixos nas duas equipes. A equipe da casa, M. C. Rondon/Sicoob/Martin Luther tinha a torcida ao seu favor, mas o Clube Curitibano foi mais eficiente. O primeiro set iniciou muito equilibrado com as equipes se revezando no placar, as curitibanas fecharam em 25 a 22. Já no segundo set as residentes tiveram um ‘apagão’ em quadra, sentiram a pressão do ataque adversário e passaram a cometer excessivos erros de defesa, passe e ataque, 25 a 12 para o Clube Curitibano.
O nervosismo das rondonenses permaneceu no inicio do terceiro set e as curitibanas abriram cinco pontos de vantagem. Surgiu então o ‘fator torcida’ e com isso o empate. Na metade do set os erros mudaram de lado. Com muita força dentro e fora de quadra aconteceu a sensacional virada, 25 a 17. Marechal respirava com esperanças de virar o jogo.
Veio o quarto set as donas da casa voltaram com o mesmo pique e iniciaram na frente. Nas arquibancadas o barulho era grande, gritos, assovios, vaias. A vantagem permaneceu até os nove pontos. As curitibanas se reencontraram e o jogo retomou o equilíbrio do início da partida. Com muita qualidade e garra ponto a ponto os sorrisos mudavam de lado. Apesar do esforço do time da casa quem festejou foi a equipe da capital que segue na luta pelo título. A final acontece no domingo às 10h30, antes, às 9h, tem a decisão do terceiro lugar.
“A nossa comissão técnica é muito competente, eles estudam bastante nossos adversários, assistimos vídeos deles. Sempre é muito difícil jogos contra a equipe de Marechal. Nos dois primeiros sets conseguimos impor nosso ritmo, depois com o fator casa e torcida a gente ficou muito nervoso e no último set foi o que é realmente as duas equipes, bem parelho, um jogo emocionante e bonito de ver”, avaliou o técnico do Clube Curitibano, Luiz Lima. “Agora temos uma grande final pela frente de um grande rival nosso, que é uma grande equipe”.
“Nossa semifinal não era pra ser um jogo fácil. Nós nos preparamos, pois sabíamos que era um jogo difícil, até porque na semana passada elas ganharam da gente e só mudou uma peça no time delas e no meu time mudou duas peças. Então a essência das duas equipes era a mesma, talvez elas sentiram mais por ser um time mais novo, menos experiente, até porque o meu grupo está junto desde 2013. Nossa grande qualidade neste jogo foi o saque, sacamos muito e essa transição da defesa e do contra ataque funcionou e dificultamos a principal arma delas que são as bolas de ataque”, avaliou Gilson Brun, técnico da equipe do Circulo Militar. “Na final vamos com gás total, muito foco. Nós viemos de três jogos contra o Curitibano, é uma grande equipe e será um grande jogo com certeza”.
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