Depois de mais uma denúncia de desvio de verba pública através do Ministério do Esporte veiculada nesta terça-feira (24.01), e desta vez ligada ao voleibol, o Presidente da Federação Paranaense de Voleibol fez um alerta aos clubes e entidades do voleibol paranaense para não caírem no jogo político das pseudo-ong’s, usadas constantemente com fins políticos no esporte nacional.
Neuri Barbieri demonstrou sua preocupação depois que a Polícia Federal está investigando o sumiço de R$ 2,4 milhões de verbas do programa Pintando a Cidadania, do Ministério do Esporte, repassados à ONG “Instituto Cidade”, de Juiz de Fora (MG), para a produção de materiais esportivos, como bolas, camisas e redes de vôlei. A ONG mineira terceirizou os serviços contratando uma cooperativa local para produzir os materiais.
Conheça o último escândalo
Mais de um ano após o início do contrato, em 3 de dezembro de 2010, porém, a ONG, que recebeu 100% da verba (R$ 2,409.522,44), produziu apenas 10% do material, e encerrou a produção depois disso. O próprio Ministério do Esporte reconhece os indícios de desvio de recursos públicos e favorecimento a pessoas ligadas ao PC do B (Partido Comunista do Brasil) no uso das verbas cedidas à ONG. O partido comanda o Ministério do Esporte desde 2003.
O mesmo relatório do ministério denuncia “pagamentos com recursos públicos de vales-transporte, previstos no plano de aplicação aos cooperados (que produziriam o material esportivo), a integrantes do PC do B que atuam em escritório regional do partido político em Juiz de Fora. Os partidários são acusados de não guardarem relação ou vínculo com as metas do convênio. Do processo consta uma lista com os “nomes dos militantes do partido que receberam os benefícios, ou seja de maneira ilegal”.
O UOL teve acesso à lista de pessoas que receberiam o benefício. 15 delas seriam filiadas ao PC do B. Apesar desses indícios de graves irregularidades, o convênio do ministério com o Instituto Cidade ainda não foi rescindido. Segundo levantamento junto ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), o Instituto Cidade foi contemplado com R$ 7 milhões do Ministério do Esporte, entre 2006 e 2011.
Depois desta e de muitas outras irregularidades em ONG’s com fulcro político, o presidente da FPV diz que o voleibol paranaense não precisa entrar em desespero com a ganância de recursos que em muitas vezes não chegam ao destino correto: “O vôlei brasileiro conquistou em duas décadas um reconhecimento de organização e competência profissional. Há uma necessidade de avaliar muito bem as propostas de convênios. Qualquer indício pode acabar com uma imagem de transparência.”
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Fonte: UOL Esporte
Jandrey Vicentin
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