Há pouco menos de nove meses, Brasil e Cuba decidiram, em Roma, na Itália, o título do Campeonato Mundial de Vôlei. Nesta QUARTA-FEIRA (06.07), as equipes estarão frente a frente novamente, não em uma final, mas também em confronto decisivo pela primeira rodada da Fase Final da Liga Mundial 2011, que acontece em Gdansk, na Polônia. A partida começará às 8h30 (de Brasília), no ginásio Ergo Arena, e será transmitida ao vivo pelos canais Sportv e Esporte Interativo.
O duelo abrirá a Fase Final para brasileiros e cubanos. Na primeira fase, o Brasil que busca o decacampeonato, foi o primeiro colocado do Grupo A, com 30 pontos, enquanto Cuba avançou na segunda posição da chave D, com 23.
Depois do confronto inicial, brasileiros e cubanos enfrentarão norte-americanos e russos, na quinta e na sexta, na conclusão da fase de grupos. As duas melhores seleções avançarão às semifinais, que acontecerão no sábado. A final e a disputa de terceiro lugar estão marcadas para domingo.
“Agora começa um novo torneio. Precisamos pensar em um jogo de cada vez e esquecer o mais rápido possível a partida anterior para focar na sequência. Será muito desgastante jogar cinco vezes em cinco dias, mas estamos prontos”, diz o capitão Giba.
Depois do vice-campeonato mundial, a seleção de Cuba passou por importantes mudanças. A equipe afastou o central Simon, capitão da equipe, o ponteiro Leal e o levantador Hierezuelo e não conta com estes jogadores na Liga Mundial.
“É outra seleção em relação à que disputou o Campeonato Mundial, mas segue sendo um time perigoso”, opina o ponteiro Murilo. “A equipe mudou bastante, principalmente porque perdeu o Simon, que era o jogador de segurança, o atacante que realmente decidia os jogos. O levantador que entrou no time agora (Diaz) já havia sido titular antes e o Bell, que assumiu a vaga de ponteiro, também fazia parte do grupo”, diz o melhor jogador da Liga Mundial 2010.
Sem Simon, as atenções ficam ainda mais voltadas para o jovem Leon, ponteiro de 17 anos, que assumiu a responsabilidade de ser a referência da equipe e também o posto de capitão, que pertencia ao central.
“Precisaremos sacar bem para dificultá-los e impedir que usem todo o potencial de ataque. É importante fazer uma boa marcação no Leon, que é o principal jogador do time”, adverte Murilo.
Para o levantador Marlon, outro caminho que o Brasil deve seguir é tentar iniciar os sets em vantagem, quebrando a confiança dos caribenhos.
“Quando Cuba começa o set atrás, costuma ter muita dificuldade para reagir. Já quando saem na frente e jogam com o placar a favor, crescem bastante. Eles estão com uma equipe mais fraca do que no Mundial e temos que nos impor desde o início”, aposta o levantador.
O confronto entre Brasil e Cuba é um dos mais tradicionais do voleibol mundial. O duelo já aconteceu 111 vezes, com 64 vitórias brasileiras. Na Liga Mundial, foram 21 embates e o placar é mais apertado: 11 triunfos do Brasil, contra dez de Cuba.
Leandro Vissotto pronto para a Fase Final
Desfalque do Brasil nas últimas três partidas da Liga Mundial 2011, o oposto Leandro Vissotto está de volta à equipe na Fase Final da competição. O gigante de 2,12m voltará à seleção na partida contra Cuba, recuperado de uma lesão muscular na coxa esquerda.
O atacante brasileiro sentiu a contusão logo no início da partida contra os Estados Unidos, no dia 25 de junho. Com o problema, Leandro ficou fora do segundo jogo contra os norte-americanos e também das duas partidas contra a Polônia, na semana seguinte, ainda pela primeira fase.
Recuperado, Leandro acredita que está ainda melhor do que no momento em que se lesionou.
“Treinei muito bem nos últimos dias e, além de não ter sentido nenhum tipo de dor ou incômodo, tive a certeza de que estou bem. Meu desempenho foi até melhor do que nos dias anteriores à lesão. Acho que o descanso fez bem e agora vou voltar com todas as energias e muito motivado para esta Fase Final”, comenta.
E os confrontos contra os cubanos trazem boas lembranças ao oposto brasileiro. No último deles, a final do Campeonato Mundial de 2010, Leandro conquistou seu primeiro título mundial e foi o maior pontuador da partida, com 19 pontos.
“Foi realmente um jogo marcante, onde pude ajudar o Brasil em momento de decisão. Mas agora esta partida ficou para trás e temos que pensar em buscar o melhor neste jogo, que será muito difícil”, acrescenta.
Cubanos animados para a Fase Final
Uma das últimas seleções a carimbar seu passaporte para a Fase Final da Liga Mundial 2011, Cuba chegou motivada a Gdansk para lutar pelo título da competição. Primeira adversária do Brasil, a seleção caribenha se vê preparada para disputar com os eneacampeões, a Rússia e os Estados Unidos as duas vagas nas semifinais da competição.
“Conseguimos fazer jogos muito bons na primeira fase da Liga Mundial, especialmente o último, contra a Itália, quando ganhamos por 3 a 0. Estamos em um grupo muito difícil, mas estamos prontos para enfrentar todos os adversários”, diz o ponteiro Leon, capitão da equipe.
Para o técnico Orlando Samuels, a Fase Final da Liga Mundial será também uma oportunidade de dar experiência ao jovem grupo cubano, que tem média de idade de 22 anos.
“Estamos muito felizes por disputar a Fase Final novamente. O grupo é complicado, mas estes jogos contra as melhores equipes do mundo serão ótimas oportunidades para nossos jovens jogadores aprenderem muitas coisas”, comenta o treinador.