Já classificado para as semifinais da Liga Mundial de Vôlei 2011, o Brasil foi derrotado no terceiro e último jogo do Grupo F da Fase Final da competição, que acontece em Gdansk. Bastante modificada em relação aos últimos jogos, a equipe foi superada pela Rússia em três sets (20/25, 20/25 e 17/25), nesta SEXTA-FEIRA (08.07), no ginásio Ergo Arena.
A seleção iniciou a partida com Marlon, Leandro Vissotto, João Paulo Bravo, Dante, Rodrigão e Sidão, além do líbero Serginho. No terceiro set, Mario Junior foi utilizado pela primeira vez na Liga Mundial.
“Nossa prioridade foi fazer com que todos chegassem em boas condições para os dois últimos dias. Disputamos dois jogos muito cansativos contra Cuba e Estados Unidos. O Giba jogou nove sets seguidos e precisava descansar. Também tínhamos que ter o Dante mais tempo em quadra. Lamento que nossa atuação tenha sido abaixo do esperado, mas precisamos gerenciar a condição física do grupo para as duas decisões que teremos pela frente. Ao fim do torneio, vamos ver se esta decisão foi a mais acertada”, diz o técnico Bernardinho.
Citado por Bernardinho, Dante considera que as alterações na equipe mostrarão sua produtividade nos próximos jogos.
“Era o momento de colocar todos nas melhores condições possíveis para a semifinal, que é o jogo que realmente importa neste momento. Temos um grupo de jogadores forte e vamos precisar de todos bem nos dois próximos jogos”, acredita o ponteiro.
O brasileiro Leandro Vissotto marcou 12 pontos e foi o maior pontuador do jogo, seguido pelos russos Mikhaylov e Khtey, com 11. Para o oposto brasileiro, o fato de as duas equipes já estarem classificadas também influenciou.
“Foi um jogo morno. Não estamos com a agressividade com que estamos acostumados e, também por isso, não conseguimos correr atrás do resultado quando a Rússia abriu vantagem nos sets”, explica.
Com a derrota, o Brasil termina a fase de grupos em segundo lugar, com cinco pontos, atrás da Rússia, que somou nove. Estados Unidos e Cuba marcaram dois pontos cada e não avançaram.
Os adversários de Brasil e Rússia nas semifinais serão conhecidos após a definição no Grupo E. Após a segunda rodada, a liderança é da já classificada Argentina, com seis pontos. A Itália tem três, a Polônia, dois, e a Bulgária, um. As três equipes mantêm chances de avançar.
Os últimos jogos do grupo acontecerão nesta sexta: Itália x Bulgária, às 12h (de Brasília), e Polônia x Argentina, às 15h. O Brasil enfrentará o primeiro colocado da chave e a Rússia confrontará o segundo.
O JOGO
Jogando com cinco de seus sete titulares, a Rússia dominou o início do jogo e abriu 7/4 com um ponto de saque do central Apalikov. Também no saque, o Brasil aproximou-se no placar com Sidão (11/10), mas logo os russos voltaram a se distanciar, através do capitão Khtey (15/12). No fim, uma série de erros brasileiros e um bloqueio do gigante Muserskiy definiram a vitória russa por 25/20.
No segundo set, quem começou melhor foi o Brasil. Com Leandro Vissotto bem na rede, a seleção fez 6/2. No entanto, o domínio inicial não se confirmou e, utilizando seu bloqueio, a Rússia chegou à igualdade no 10º ponto. Sem conseguir reagir, o Brasil tomou dois pontos de saque de Apalikov e viu a diferença subir para 14/11. A vantagem seguiu aumentando até o fim do primeiro set, fechado em 25/20, com Muserskiy atacando pelo meio.
A Rússia marcou os três primeiros pontos da terceira parcial, mas o Brasil esboçou uma reação e empatou em 10/10, com Dante. Uma boa sequência de Spiridonov no saque devolveu a vantagem à Rússia em 14/11. Com muitos erros, o Brasil facilitou o trabalho dos europeus, que garantiram a vitória com um saque de Butko:25/17.
EQUIPES
BRASIL – Marlon, Leandro Vissotto, Dante, João Paulo Bravo, Sidão e Rodrigão. Líbero – Serginho
Entraram – Bruno, Theo, Lucas e Mario Junior
Técnico – Bernardinho
RÚSSIA – Grankin, Mikhaylov, Khtey, Spiridonov, Muserskiy e Apalikov. Líbero – Sokolov
Entraram – Ilinykh, Biryukov, Stepanyan e Butko
Técnico – Vladimir Alekno
Serginho e Rodrigão confiantes para a reta final
A derrota por 3 sets a 0 para a Rússia na última rodada não abalou a confiança da seleção brasileira na luta pelo decacampeonato da Liga Mundial de Vôlei. A equipe entrou em quadra já classificada para as semifinais e acabou não conseguindo manter o padrão de jogo das partidas contra Cuba e Estados Unidos.
Para o central Rodrigão, um dos mais experientes do grupo, mais importante do que o resultado contra os russos é a sequência na preparação da equipe.
“A partida contra a Rússia não serve de parâmetro nem para nós, nem para eles. Foi como um treino, onde o mais importante era guardar as energias e evitar o desgaste. Estamos bem preparados e chegamos bem para os últimos jogos, independente de quem enfrentarmos”, afirma Rodrigão.
O líbero Serginho acredita que a equipe está bem preparada para os jogos decisivos e lembra que o Brasil sempre dá respostas positivas em jogos decisivos.
“Fomos muito exigidos na primeira fase, pois caímos em uma chave forte, e o time reagiu bem. Mas tudo que fizemos ficou para trás. A partir de sábado será um novo torneio. Temos duas decisões em vista e vamos fazer o possível para passar pela primeira e chegar até a segunda”, garante.