A caminhada do Paraná no Campeonato Brasileiro de Seleções Juvenil Masculino já tem hora, local e adversários definidos. E a caminhada é das mais espinhosas possíveis. O grupo A, onde está o Paraná, conta ainda com São Paulo, atual tricampeão, e os rivais Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Historicamente, as quatro seleções estão sempre entre as seis melhores do país, com raras exceções. Os paulistas conquistaram os últimos três campeonatos brasileiros na categoria (2010, 2011 e 2012), e além destes, neste milênio, venceu também em 2006 e 2004. Mas amargou um quinto lugar em 2001, terceiro em 2002, sexto em 2003, foi vice em 2005 e de 2007 a 2009 não participou do CBS.
Já os rivais gaúchos conquistaram no mesmo período um título, em 2005, derrotando os próprios paulistas na final. Um ano depois, levaram a virada e ficaram com o vice. No milênio a equipe ficou ainda três vezes em terceiro lugar (03/04/11), duas vezes em quarto lugar (01/10), um quinto em 2002, um nono lugar em 2009 e ficou de fora da elite em 2007 e 2008.
Os vizinhos catarinenses fazem os confrontos mais próximos com o Paraná. Porém os catarinenses venceram duas vezes neste terceiro milênio, em 2001 e em 2003, quando venceram o Paraná na final. Conquistaram ainda três vice campeonatos, em 2002 quando foram derrotados pelos paranaenses, em 2008 e 2009. Fora estes resultados, os catarinenses somam um quinto lugar em 2005, um sexto lugar em 2004, um sétimo lugar em 2006, um 11º lugar em 2010 e não participou da elite em 2007 e nem em 2011.
A seleção paranaense tem igual os gaúchos um título, em 2002 quando venceu a final contra os catarinenses. Em 2003 ficou com o vice, na revanche da guerra do contestado. O Paraná tem ainda dois terceiros lugares, em 2010 e 2007, dois quintos lugares, 2004 e 2009, um sexto lugar em 2001 e um sétimo em 2008. Ficou de fora da elite da categoria nos anos de 2005, 2006 e 2011.
Em 2012, paulistas ficaram com o título, gaúchos foram sexto lugar, catarinenses sétimo e o Paraná ficou com a terceira colocação da segunda divisão, ficando com a última vaga da elite. Pelo sistema de serpentina o grupo ficou formado com as quatro equipes, e a primeira batalha dos paranaenses é justamente com a principal força do voleibol brasileiro: São Paulo. A batalha será no dia 11 de março às 19h00min contra a equipe da casa, visto que o CBS será disputado na cidade litorânea de Praia Grande.
Na segunda rodada, os paranaenses fazem outro jogo difícil contra os gaúchos, jogadores conhecidos pois a base da seleção do Rio Grande do Sul é formada por atletas de equipes que disputam a Taça Paraná. O jogo será as 17h00min do dia 12 de março.
No dia 13, valendo a classificação, jogo contra os vizinhos catarinenses às 17h00min.
Formado por três grupos com quatro equipes cada, os dois primeiros em cada grupo passam direto para a próxima fase, e ainda os dois melhores terceiros colocados também passam para as quartas-de-finais. Segundo Neuri Barbieri, presidente da FPV e membro da comissão da CBV que organizada os Brasileiros de Seleções, é possível uma equipe se classificar para a próxima fase com uma vitória apenas, mas depende de resultados dos outros grupos: “Estamos em um grupo difícil, mas uma vitória pode nos garantir na próxima fase. Muito mais que estar entre os oito melhores e ter chance de título e não ter que fazer os chamados “jogos da morte”, que em caso de derrota, automaticamente cai para a segunda divisão no ano que vem.”
Comandada pelo técnico Juliano Trindade, com auxílio dos professores Dalmo Souza e Ronivaldo Marques (Fumaça), a seleção paranaense encerra neste sábado (09.03) o segundo período de treinamento em Cianorte. O grupo escolhido por Juliano conta com atletas com experiência de Campeonatos Brasileiros, outros estreiam na competição mas que despontaram no último Estadual da Juventude.
O Paraná terá como levantadores Lucas Traple e Jean Ferreira, os centrais são Igor Ivanowski, Maycom Moreira, Pedro Nascimento e Victor Macedo; os ponteiros são Giovani Coelho, Jorge Cebulski, Luciano Almeida; os opostos são Eduardo Marinho e Lucas Adriano; e o líbero será Rogério Carvalho.
O presidente Neuri Barbieri comentou oficialmente a reconvocação do líbero Rogério para integrar a seleção paranaense e fez questão de publicamente desculpar-se com o líbero preterido, Leonardo Fossatti: “O Rogério está em um projeto da CBV para o mundial juvenil e jogou a Superliga B pelo Clube Olímpico. Até então a comissão técnica não havia conseguido a liberação dele para treinar e se apresentar, e por isso havia optado pelo Léo, que considero em condições para defender o Paraná e não há o que falar da qualidade técnica dele. Porém, uma conversa minha com o diretor de seleções brasileiras, consegui que o Rogerinho fosse liberado. E ai assumo como Presidente que a FPV falhou em não comunicar diretamente ao atleta cortado, mas é inconteste que o Rogerinho era essencial para a seleção paranaense.”
O assunto inclusive tomou proporções fora da esfera técnica, e mais uma vez o Presidente lamenta o ocorrido: “Não me importo com as críticas quando elas não tem natureza pessoal a minha honra e integridade, inclusive reconheço os erros. E extrapolei com os comentários nas redes sociais, não me policiei que os comentários eram públicos. Infelizmente isso aconteceu,” finalizou o presidente da FPV.
O embarque da seleção paranaense juvenil masculina acontece neste domingo às 09h00 no Aeroporto Internacional Afonso Pena em São José dos Pinhais.