A seleção infanto-juvenil do Paraná que disputou o Campeonato Brasileiro de Seleções em Chapecó (SC), perdeu neste sábado, dia 27, para São Paulo por 3 sets a 2 (25/10, 25/21, 20/25, 22/25 e 15/8) na decisão do terceiro lugar e vai voltar com a quarta quarta colocação do torneio realizado pela Confederação Brasileira de Voleibol.
Depois de sair perdendo o jogo por 2 sets a 0, a seleção comandada pelo treinador Miro dos Santos suou a camisa empatou em 2 a 2, levando a decisão para o tie break. Apesar de entrarem confiantes, logo no início do set decisivo houve uma sucessão de erros e as cariocas abriram seis pontos de vantagem. Após a partida, Miro se pronunciou através de seu perfil pessoal no Facebook. “Valeu Paraná. Gostaríamos de poder ter uma classificação melhor, mas sei o quanto foi trabalhado para estarmos entre as quatro melhores seleções do Brasil. Desta maneira, agradeço a todos que contribuíram para que isto fosse possível. Obrigado, meninas, pela dedicação e empenho para defender o Estado do Paraná”, escreveu.
O título do campeonato ficou com São Paulo, algoz paranaense nas semifinais. Na final as paulistas derrotaram o Rio Grande do Sul por 3 sets a 0. Na primeira fase do torneio a seleção do Paraná também havia derrotado as gaúchas pelo mesmo placar.
Orgulho do voleibol paranaense
Na premiação que aconteceu após o encerramento dos jogos, a paranaense Georgia Cattani foi eleita melhor ponteira e destaque geral de toda a competição. A atleta de 16 anos joga atualmente pela equipe do Colégio Dinâmico da Cidade de Telêmaco Borba. Ela tem no currículo a disputa de importantes competições estaduais e nacionais e já passou por clubes de Curitiba, como os Colégios Sion e Expoente.
Incentivada pela família, o voleibol está presente na vida de Georgia desde pequena. O pai da atleta, que é ex-jogador profissional de futebol, disse que desde que ela era criança, aos 10 anos, eles dão todo o apoio e incentivo à prática do esporte. “Ela começou a treinar no Colégio Sion e como era e ainda é mais baixa que a maioria das atletas, ela precisava se dedicar muito mais nos treinamentos. Outra questão importante é a humildade e o espírito de equipe, coisas que ela aprendeu bem e coloca em prática”, disse o orgulhoso Marcos Cattani. “Depois do jogo, quando conversamos, a primeira coisa que nos falou foi que ela queria que todas tivessem ganho, porque o trabalho foi de todo o time, de todas as garotas e comissão técnica. Ela estava sentida porque queria que todas tivessem ganho uma medalha. Não deu, mas o resultado não foi ruim”, comemorou Marcos.
Muito emocionados, o pai e a mãe da jovem atleta estavam cobertos de orgulho e agradeceram às oportunidades conquistadas por sua filha. “Fico emocionado por presenciar tudo que ela passou para conquistar isso. A questão da estatura sempre foi uma dificuldade e alguns treinadores não deram valor a ela por causa disso. Mas ainda bem que existem outros profissionais, como o professor Jorge Edson, que foi quem começou a acreditar nela, ainda no Sion”, revela. “Hoje é o China que a coloca para jogar, inclusive em categorias com meninas mais velhas. O Miro também teve um olhar significante ao ter chamado ela para a seleção”, disse.
Perguntado sobre o que fariam quando Georgia chegasse em casa, Marcos foi taxativo. “Faz mais de quinze dias que não vemos nossa única filha. Vamos abraçá-la muito, curtir muito nossa filha e comemorar também. Nossa casa fica vazia sem ela”, foi o que disse o pai da atleta até onde a emoção dele permitiu.
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