Começa hoje uma série de entrevistas com os técnicos paranaenses, que fazem parte das categorias de base da Seleção Brasileira. O primeiro entrevistado é Leandro Alves Moreira de Carvalho (Kakaroto). Confira abaixo um bate papo exclusivo com site da FPV, onde ele contou um pouco mais sobre essa nova etapa em sua carreira
Da redação, em Curitiba (PR) – Há muito anos o Paraná vem destacando na formação de novos talentos para o voleibol brasileiro. Tudo isso graças a um trabalho realizado por técnicos que se dedicam cada vez mais ao esporte. Procurando seguir os mesmos passos dos grandes ídolos, como Percy Oncken e Roberley Luiz Leonaldo (Rubinho), Leandro Alves Moreira de Carvalho (Kakaroto) começa a trilhar seu caminho em busca do ‘lugar ao sol’. E agora está tendo um novo desafio pela frente – a Seleção Brasileira Infantojunvenil masculina.
A frente das equipes da APCEF-PR, esta é a segunda convocação do curitibano para vestir a amarelinha. A primeira aconteceu em março deste. Trabalhando há nove anos com o voleibol, Leandro está exercendo a função de estatístico na Seleção, ajudando a formar futuros talentos. Confira abaixo uma entrevista exclusiva para o site da Federação Paranaense de Voleibol (FPV), onde ele conta sobre seu início da carreira e também como está essa nova fase.
Quando você decidiu ser técnico de voleibol?
Tive uma longa carreira como atleta. Joguei 20 anos da minha vida, após esse período decidi parar de jogar, mas nunca pensei em me afastar das quadras. Recebi um convite do professor Gerson Amorim (Gersinho) para estágio no Positivo. Aceitei na hora e não me arrependi em nenhum momento. Tive a oportunidade de trabalhar com grandes profissionais. Além do próprio Gerson, estive ao lado do Alex Silva, Felipe Seleme e André Correa (Café).
Atualmente você está à frente das equipes da APCEF-PR. Quais são as categorias que você trabalha?
Estou no comando da categoria de base e trabalho com o sub-13, 15 e 17, no feminino. Hoje também estou à frente das equipes adultas, máster e dos aposentados.
Como está o trabalho com as equipes da APCEF-PR?
Sempre digo que ninguém faz nada sozinho. Quando comecei a trabalhar na APCEF-PR o clube movimentava 70 atletas em um quadro geral. Hoje, possuímos mais de 120. Apresentei um projeto de trabalho à diretoria visando tornar a instituição uma força no nosso Estado e eles me apoiaram em todos os momentos.
Conseguimos entrar nos campeonatos regionais com as equipes adultas e também começar um trabalho de formação, além de fortalecer as equipes dos funcionários da Caixa Econômica, atingindo resultados expressivos no contexto regional e nacional. Temos ainda o objetivo de participar dos campeonatos estaduais com as equipes de base, sempre com o apoio do presidente da APCEF-PR, Vilson Willemann, do vice-presidente, José Megume Tanaka e da coordenadora de esporte, Ester Kokubu.
Kakaroto durante as disputas da Taça Curitiba (Foto: Thiago Paes/FPV)
Agora já falando de Seleção Brasileira. Como membro da comissão técnica, qual a sua avaliação do nível das nossas equipes?
Acredito que temos muitos profissionais fazendo grandes trabalhos. Tanto é verdade, que sempre estamos alimentando as seleções brasileiras com atletas formados aqui (Paraná). Isso mostra que o trabalho está sendo bem feito, do contrário isso não aconteceria.
Vejo de uma forma mais abrangente ainda. Temos menos atletas do que os grandes centros (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais). Nosso material humano (jogadores) com certeza é menor, mas nem por isso deixamos de ter grandes potenciais.
Como você avalia essa experiência para sua carreira?
Uma experiência única. Trabalhar com os melhores profissionais em todas as áreas: médicos, fisioterapeutas e treinadores, acrescenta uma bagagem muito grande na minha carreira profissional.
Quando me perguntam como é estar na seleção brasileira eu sempre respondo que é outra realidade. Respiramos voleibol e também representamos algo maior que uma instituição. Estamos representando uma nação.
Falando do futuro, quais são seus planos e quais seus objetivos para esta temporada?
O maior objetivo desse ano, com certeza, é ser campeão sul-americano com a Seleção Brasileira. Outro grande sonho é ser campeão dos jogos nacionais da caixa o FENAE. Além de buscar os títulos dos campeonatos regionais da FPV. Também quero dar inicio as categorias de base masculina.
Para finalizar, qual a mensagem que você deixa para os jovens jogadores que estão iniciando agora sua carreira e tem o sonho de um dia chegar a Seleção Brasileira?
Gostaria de dizer a todos esses atletas que nunca desistam dos seus sonhos. Treinem muito sempre. Escute seus treinadores, eles não estão lá por acaso. Estude, um atleta inteligente aprende sempre mais. E sempre busque a felicidade no que faz. E como diria aquela velha e conhecida frase – faça o que ama e não trabalhará um dia na sua vida.
Assessoria de Imprensa FPV
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