De Castro (PR), Thiago Paes – O esporte coleciona muitas histórias interessantes, e com o voleibol não é diferente. Nesta temporada, esse livro ganhou mais um capítulo e duas novas personagens: as irmãs gêmeas Mariana e Betriz Volponi. Desde o início da carreira elas já atuaram juntas por diversas vezes, mas nesta temporada estão em lados opostos durante as disputas da divisão especial do Campeonato Estadual Sub-19.
A levantadora Mariana é a mais velha e veste a camisa da PM Telêmaco Borba. Já a central Beatriz está jogando pelo Dynâmico/Curitiba. As duas estiveram frente a frente logo na primeira partida da competição. A equipe do interior do estado saiu vitoriosa, mas as outras etapas da competição já reservaram uma “revanche em família”.
“Enfrentar minha irmã logo no primeiro jogo do campeonato foi uma sensação muito estranha. Pela primeira vez estava jogando contra ela. Foi muito diferente, mas ao mesmo tempo legal. Sempre tem os afrontes que deixa tudo mais divertido”, afirmou Mariana.
A caçula Beatriz também comentou o fato de enfrentar pela primeira vez a irmã como adversária. “Foi um pouco estranho. Estamos acostumadas a sempre jogar juntas, mas no final foi engraçado, uma provocando a outra na rede. O mais curioso era sempre encontrar ela no refeitório e no ginásio com o uniforme diferente, mas foi uma experiência incrível, adorei ser rival dela por um fim de semana”, frisou.
Por onde passam as duas não chamam a atenção somente pela habilidade, mas também pela aparência. Altas, magras e de cabelos compridos, elas são lembradas como as “irmãs Volponi”. E pela primeira vez em 16 anos, elas foram adversárias.
Beatriz afirmou que apesar da rivalidade, fora das quadras elas conversam, discutem e debatem sobre os jogos. “Sempre conversamos sobre o jogo. Principalmente por ela ser levantadora, me ajuda e me dá algumas dicas de tempo de bola e jogadas. Essa troca de experiências é muito importante”.
Esporte no DNA
A paixão das irmãs gêmeas pelo esporte não é por acaso. Herdeiras de um talento inigualável, elas são filhas de Ana Volponi, que teve passagem por diversos clubes do Brasil e brilhou com a camisa do Rexona/Paraná no final da década de 90 (saiba mais), e de Fábio Giordan (Jarrão) que foi um exímio atleta de basquete. Ana esteve em Castro durante as disputas do Campeonato Estadual Sub-19 e acompanhou de perto aos jogos das filhas.
Para Mariana, ter a mãe ex-atleta nas arquibancadas é fantástico. “Ter ela como espelho é maravilhoso. A oportunidade de ter uma mãe que entende de vôlei e que tem muita experiência nisso é ótimo. Ainda acho que tenho que aproveitar mais, porque a cobrança dela é sempre corrigindo os erros para que possamos melhorar”. Aos risos ela afirma que “muitas vezes não temos paciência para as críticas, mas sempre são muito construtivas”.
Beatriz, que escolheu a mesma posição que a mãe, também destaca a oportunidade de ter, dentro de casa, os conselhos de quem brilho nas quadras. “Minha mãe vive cobrando e nos ajudando a melhorar. Sempre depois dos jogos ela fala os pontos positivos e negativos, como podemos melhorar e táticas de jogo. Ela sempre tem alguma coisa para falar (risos)”, finalizou.
O Campeonato Estadual Sub-19 – divisão especial terá mais duas etapas classificatórias e uma final, que reúne as quatro melhores equipes de cada naipe. As sedes e as datas ainda serão definidas pela Federação Paranaense de Voleibol (FPV).
Assessoria de imprensa FPV
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