Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 13.03.2018
Desde 2014 a Superliga B feminina é realizada com equipes de diversas partes do país em busca de um lugar na elite do voleibol brasileiro. Com o passar das temporadas a competição evoluiu e tornou-se um mercado promissor para profissionais de várias modalidades, e, principalmente para atletas.
Em 2018, quinta temporada da competição, um dos participantes resolveu apostar em talentos de outras escolas sul-americanas e, até agora, o resultado tem sido satisfatório. Pela terceira vez consecutiva o São José dos Pinhais (PR) entra na briga do título e, neste ano, a equipe paranaense aposta no potencial de duas colombianas e uma argentina.
“No ano passado, acredito que em agosto ou setembro, nos reunimos para a montagem do elenco. A prioridade era contratar uma levantadora. Queríamos sair do óbvio. Eu comentei que o (Antônio) Rizola estava na Colômbia e poderia indicar alguém. E ele acabou indicando duas jogadoras: uma levantadora, a Maria Alejandra, e a ponteira Gisele”, explica o técnico do São José, Alex Paiva.
Eleita a melhor levantadora do último Sul-Americano, realizado na Colômbia em 2017, Maria Alejandra Marin tem apenas 22 anos, e já jogou na França, antes de desembarcar no Paraná. Apesar da pouca idade e de algumas diferenças culturais, a atleta conta que a adaptação ao novo clube não foi uma missão complicada.
“A experiência aqui no Brasil, no time de São José dos Pinhais, tem sido muito boa para mim. Vir jogar onde está um dos melhores campeonatos de voleibol do mundo é uma grande satisfação. A adaptação não foi tão difícil, pois as pessoas aqui me receberam muito bem. Ter uma parceira em quadra é muito mais fácil realmente”, comentou a levantadora que conta com a conterrânea Gisele Perez, ponteira de 20 anos.
Na atual temporada Gisele se destacou no elenco do São José dos Pinhais como a principal atacante do time durante a fase classificatória. Para o técnico Alex Paiva a aposta na jovem tem sido recompensada.
“O Rizola nos indicou essa ponteira mais jovem, mas que tem muito potencial. Ela já teve experiência jogando a liga peruana. Mesmo sendo mais nova e ainda se desenvolvendo ela tem sido uma das principais jogadoras do nosso elenco”, disse Paiva.
A oposta argentina Carla Castiglione foi a terceira estrangeira a chegar no time. Mais experiente, com 31 anos, a atleta também se destaca no voleibol sul-americano e foi eleita a melhor oposta no Sul-Americano de 2015. A estreia foi com o campeonato já em andamento, na segunda rodada contra o Vôlei Positivo/Londrina (PR), mesmo assim o entrosamento com as demais companheiras não demorou a aparecer.
“Ela chegou na véspera do jogo contra o Londrina, na segunda rodada. Ela entrou buscando entrosamento e se entendeu muito bem com as demais companheiras. Acredito que estamos no nosso melhor entrosamento agora na fase final”, contou o treinador.
O São José dos Pìnhais terminou na terceira posição na primeira fase da Superliga B feminina 2018. No primeiro jogo dos playoffs de quartas de final o time paranaense levou a melhor sobre o Lavras Vôlei (MG) fora de casa por 3 sets a 2. O jogo de volta acontece nesta sexta-feira (16.03), às 20h, no ginásio Ney Braga, em São José dos Pinhais (PR). E Alex Paiva se mostra confiante com o trabalho feito com as atletas e, principalmente com o rendimento das três “gringas” da equipe.
“Na Superliga B as equipes costumavam a contar com atletas ou muito novas, ou mais veteranas, nós optamos este ano por algo diferente, buscamos atletas de seleções sul-americanas, ainda jovens, mas com alguma experiência. Elas querem jogar e aparecer, mostrar serviço para continuarem a defender seus respectivos países nas principais competições. E esta troca agrega muito ao nosso projeto. Eu penso que foi uma aposta que já deu certo e, independentemente de nossa colocação final no campeonato, pretendo manter essa filosofia nas próximas temporadas”, concluiu o treinador.
Fonte: Confederação Brasileira de Voleibol (CBV)