Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 04.03.2022
Este mês, as duplas brasileiras iniciam a caminhada por novos títulos do Circuito Mundial de Vôlei de Praia – já são 17 no masculino e 24 no feminino, incluindo a conquista de Ágatha/Duda na última temporada. A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) fez um planejamento de apoio para os atletas e de bônus por performance, que leva em conta desempenho e colocação no ranking e tem ligação direta com o Circuito Brasileiro.
“Tínhamos um critério estático e único para o apoio da CBV aos atletas que disputam o Circuito Mundial. Agora, desenvolvemos novos parâmetros, que premiam boas performances, estimulam o desenvolvimento das duplas e abrem caminhos para o crescimento de novos talentos. Além disso, como anunciamos no início da temporada, os campeões de cada Top 8 do Circuito Brasileiro ganham passagem, hospedagem e alimentação para uma etapa do Circuito Mundial. Estamos conectando várias frentes e trabalhando de forma técnica e planejada, com foco em resultados. Estamos confiantes de que as duplas brasileiras brilharão nas areias de todo o mundo”, diz Guilherme Marques, gerente de Vôlei de Praia da CBV.
Este ano, a Federação Internacional de Voleibol dividiu as competições do Circuito Mundial em três categorias: Elite, Challenge e Future, o que também foi levado em conta na elaboração dos critérios. O Circuito Mundial está previsto para começar no dia 16, com uma etapa Challenge no México. Em abril, a cidade catarinense de Itapema recebe uma etapa da mesma categoria. Ainda está prevista uma competição Elite no Rio de Janeiro, em novembro.
Critérios (podem ser alterados com base em novas análises de resultados ou mudanças no orçamento da CBV)
- As duas melhores duplas brasileiras que estiverem entre as 16 primeiras do ranking de entradas da FIVB (por gênero) recebem passagem aérea e alimentação para três pessoas (jogadores e técnico) para as etapas Elite. Caso as duplas estejam entre as três primeiras do ranking de entradas da FIVB, recebem também hospedagem.
Exceção para a etapa de Sidney (AUS) – o benefício dependerá de disponibilidade orçamentária da CBV.
- Os campeões das etapas Top 8 do Circuito Brasileiro recebem passagem, hospedagem e alimentação para três pessoas (jogadores e técnico). O benefício é exclusivo da dupla campeã, não podendo ser transferido para outro atleta ou técnico mesmo em caso de lesão.
Top 8 Saquarema: classificou para Rosarito (MEX)
Top 8 Itapema: classifica para Ostrava (RTC)
Top 8 Brasília: classifica para Jurmala (LET)
Top 8 Várzea Grande: classifica para Gstaad (SUI)
Top 8 Vila Velha: classifica para Hamburgo (ALE)
*Os vínculos para as demais etapas Elite serão informados quando forem definidos os locais e as datas das últimas etapas do Top 8.
Caso a dupla campeã de um Top 8 não tenha pontos para disputar o Elite, poderá solicitar a participação no respectivo Qualifying do Elite ou em uma etapa Challenge a ser informada à CBV com até 35 dias de antecedência.
- As três melhores duplas do ranking de entradas da FIVB (por gênero) que estiverem no torneio principal do Challenge de Itapema e do Elite do Rio de Janeiro recebem passagem aérea para três pessoas (jogadores e técnico). Os treinadores também recebem hospedagem e alimentação.
- Até quatro duplas classificadas para a Copa do Mundo recebem passagem, hospedagem e alimentação para três pessoas (jogadores e técnico). O benefício não é extensivo para duplas que receberem wild cards.
- Bônus por performance em etapas Challenge fora do Brasil
Recebem o bônus as três duplas brasileiras mais bem colocadas, de acordo com a classificação final atingida.
Caso a dupla campeã da etapa Top 8 do Circuito Brasileiro dispute o Challenge, o bônus fica restrito às duas duplas brasileiras mais bem colocadas da etapa.
Se por qualquer outro critério uma dupla tiver apoio da CBV para disputar uma etapa, não terá direito ao bônus financeiro por performance nesta competição específica (não haverá substituição por outra dupla).
CHALLENGE | |
Colocação | Para cada atleta e um técnico |
1º | R$ 3.000 (R$ 9.000 no total) |
2º | R$ 2.600 (R$ 7.800 no total) |
3º | R$ 2.200 (R$ 6.600 no total) |
4º | R$ 2.000 (R$ 6.000 no total) |
5º/7º | R$ 1.900 (R$ 5.700 no total) |
9º/12º | R$ 1.800 (R$ 5.400 no total) |
13º/16º | R$ 1.700 (R$ 5.100 no total) |
17º/18º | R$ 1.600 (R$ 4.800 no total) |
19º/24º | R$ 1.500 (R$ 4.500 no total) |
- Bônus por performance em etapas Elite fora do Brasil
Recebem o bônus as três duplas brasileiras mais bem colocadas, de acordo com a classificação final atingida.
Caso a dupla campeã da etapa Top 8 do Circuito Brasileiro dispute uma etapa do Elite, o bônus fica restrito às duas duplas brasileiras mais bem colocadas.
Se por qualquer outro critério uma dupla tiver apoio da CBV para participar de uma etapa, não terá direito ao bônus financeiro por performance nesta competição específica (não haverá substituição por outra dupla).
ELITE | |
Colocação | Para cada atleta e o técnico |
1º | R$ 3.500 (R$ 10.500 no total) |
2º | R$ 3.100 (R$ 9.300 no total) |
3º | R$ 2.700 (R$ 8.100 no total) |
4º | R$ 2.500 (R$ 7.500 no total) |
5º/8º | R$ 2.400 (R$ 7.200 no total) |
9º/12º | R$ 2.300 (R$ 6.900 no total) |
13º/16º | R$ 2.000 (R$ 6.000 no total) |
CIRCUITO SUL-AMERICANO – Eleito o melhor jogador do Circuito Brasileiro 2021, Renato busca medalha inédita
Na temporada 2021 do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, Renato faturou nada menos que quatro prêmios individuais. Venceu três das cinco etapas ao lado de Vítor Felipe e foi eleito pelos próprios companheiros como o Melhor Jogador do ano. Com apenas 22 anos, também foi apontado como Revelação e Jogador Que Mais Evoluiu. Além de talento, sobra carisma e não teve para ninguém na votação popular de Craque da Galera. Para fechar uma temporada cheia de sucesso, ainda veio a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos Júnior, em dezembro, na Colômbia, ao lado do irmão, Rafael. A partir desta sexta-feira, Renato vai em busca de uma medalha inédita para a coleção de conquistas. Com Vítor Felipe, ele representa o Brasil na quinta etapa da temporada do Circuito Sul-Americano, em Mollendo, no Peru. Elize Maia e Thâmela disputam o torneio feminino.
“É uma medalha que eu ainda não tenho, uma conquista inédita. Eu e Vitor estamos treinando muito bem. O primeiro lugar é sempre nosso objetivo, e queremos trazer mais esse título para o Brasil”, diz Renato, que tem um quarto e um nono lugares em etapas do Sul-Americano, jogando ao lado de Rafael.
No Circuito Sul-Americano, as duplas somam pontos para o país, e o Brasil lidera o ranking nos dois gêneros, com quatro ouros e dois bronzes em quatro etapas disputadas. Bronze na primeira etapa da temporada, disputada ainda em 2021, no Chile, Elize Maia e Thâmela vão atrás de mais um pódio.
“Joguei com várias parceiras e em quase todos os países da América do Sul. Tenho um grande carinho por esse torneio, pois foi nele que conquistei meus primeiros pódios e títulos. Representar o Brasil no Sul-Americano é uma grande honra e responsabilidade. Sinto orgulho de fazer parte dessa história e quero fazer meu melhor para manter a hegemonia do Brasil”, afirmou Elize.
Além do terceiro lugar de Elize e Thâmela, a primeira etapa da temporada teve ouro de George e André Stein. Na segunda, mais um ouro para o Brasil, com Adrielson/Arthur Mariano, em San Juan (ARG). Em Montevidéu (URU), na terceira etapa, foi a vez de Ângela e Neide conquistarem o primeiro lugar. Tainá/Victoria ganharam o título na quarta etapa, em Viña del Mar, no Chile, com Bruno Schmidt/Saymon levando o bronze.
A sexta etapa está prevista para Cochabamba, na Bolívia, entre os dias 11 a 13. O torneio final, que reúne os melhores países da temporada, está marcado para Uberlândia (MG), de 13 a 15 de maio.
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro