A Federação Paranaense de Voleibol tomou duas decisões polêmicsa nesta semana sobre as Seleções Paranaenses que disputam o Campeonato Brasileiro de Seleções, promovido pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e que congrega os melhores atletas em duas categorias, juvenil e infanto-juvenil tanto no masculino quanto no feminino, e uma segunda relacionada aos bolsistas do Programa Talento Olímpico do Paraná.
Por determinação do Presidente da FPV, os técnicos escolhidos para dirigirem as seleções só poderão convocar atletas que estejam atuando em equipes no Estado do Paraná. Qualquer atleta que tenha saído do Estado para jogar antes de completar 18 anos perde o direito de defender o Estado. Podem defender o Estado os atletas que tiverem seu primeiro registro junto à CBV pelo Paraná, indiferente do local de nascimento.
Segundo Barbieri, a medida foi tomada em função de que a política de esportes do Estado mudou e a valorização do esporte paranaense só será efetivamente realizado com medidas como esta: “Temos hoje uma política de que precisamos ter melhores equipes, os nossos atletas atuando aqui contrasta com a evasão de atletas prematuramente, e com isso nosso mercado fica escasso, e não temos equipes de alto rendimento. É um ciclo vicioso em que patinamos e não saímos do lugar. Decisões polêmicas precisam ser tomadas para que as coisas aconteçam.”
No documento emitido pela FPV, ficou expresso que o objetivo da medida é conter a evasão de atletas prematuramente para outros Estados. O Paraná é conhecido nacionalmente no voleibol como um celeiro de bons atletas, mas que não consegue segurar os atletas até o final da formação que vai até os 18 anos. A medida exclui apenas atletas masculinos da categoria juvenil nascidos em 1994, visto que a seleção é nesta idade e não há, fora o adulto, competição no Paraná exclusivamente para esses atletas.
Bolsa TOP 2016
Outra medida polêmica que tomou o Presidente da FPV foi no tocante ao Projeto Talento Olímpico do Paraná (TOP 2016). A Federação tem junto à Secretaria do Esporte a prerrogativa de indicar os atletas para o top escolar e top nacional, bem como seus técnicos. Para 2013, os atletas convocados e que não se apresentarem para as convocações das seleções paranaenses perderão o direito à bolsa ou a indicação.
Segundo explicou Neuri, o programa de bolsas do Governo do Estado tem o objetivo que os atletas representem o esporte paranaense em todas as competições em que disputar e não cumprir com a convocação de defender as seleções que representando o Estado é uma falha muito grave e que será corrigida no voleibol: “Sempre lidamos com equipes que não liberam atletas convocados por inúmeros motivos, e isso prejudicou nossas seleções nos últimos anos, perdemos qualidade, caímos na classificação. Se temos uma ferramenta que visa incentivar o atleta a representar o Paraná, vamos utilizá-la da melhor forma, otimizando-a.”
Segundo Luiz Henrique Soares Martins, coordenador interino de projetos especiais, a decisão que a Federação de Voleibol tomou vem de encontro com o objetivo da Secretaria: “É uma medida ousada mas que reflete o objetivo do TOP 2016.”
Os campeonatos brasileiros de seleções estão previstos para acontecer de 10 a 16 de março em São Paulo na categoria juvenil masculino, de 17 a 23 de março em Curitiba na categoria juvenil feminina, de 07 a 13 de abril na categoria infanto-juvenil masculina em Santa Catarina, e de 21 a 27 de abril em Porto Alegre acontece o brasileiro infanto-juvenil feminino. Em todas as categorias o Paraná está na Divisão A, onde estão as 12 melhores seleções do país.
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